quarta-feira, outubro 18, 2006

Champions: Benfica de duas faces goleado em Glasgow



CELTIC 3-0 BENFICA



Ora aí está um jogo de fácil análise. Enquanto o Benfica teve "pernas", o Celtic pareceu ser sempre uma equipa ao alcance dos encarnados. Tirando os primeiros minutos do jogo em que os católicos, por jogarem em casa e empurrados por um público impar, dominaram por completo, tivemos uma primeira parte agradável do Benfica, com alguma personalidade e, sempre importante no futebol, bastante rematadora. Não justificando a vantagem ao intervalo já que o equilibrio foi a nota dominante, a verdade é que o primeiro tempo realizado pela equipa de Fernando Santos perspectivava algo de bom para o segundo tempo.



Na etapa complementar, quando se pensava que o Benfica pudesse até ser mais audaz no sentido de ir à procura dos três pontos, um tal de Miller apareceu na partida, marcou dois golos num espaço de 10 minutos e resolveu o encontro a favor dos escoceses. Se é certo que o primeiro golo do Celtic surgiu de forma inesperada, não é menos verdade que, a partir desse momento, o Benfica não mais existiu em campo e o Celtic, apoiado num Nakamura de classe e um ataque desconcertante muito por culpa de Miller e Maloney, foi redondamente superior, merecendo por inteiro o resultado que conseguiu.
Explicações para esta derrota? creio que o problema maior foi essencialmente o aspecto físico. No entanto, há que dizer, mentalmente, o Benfica não esteve ao nível daquilo que é exigido numa competição deste nível.
A queda física encarnada de alguns jogadores foi clara. Jogadores como Miccoli, Petit e de forma ainda mais acentuada, o grego Katsouranis, fizeram com que as esperanças benfiquistas fossem por água a baixo. Depois, para além disso, é incompreensível como é que uma equipa, ao sofrer um golo, se desorganiza por completo. Basta ver como é que num canto a favor da equipa se sofre um golo contra.
Tudo isto somado fez com que o Benfica perdesse bem e comprometesse por completo o apuramento para a próxima fase da competição. Agora, só um milagre poderá fazer com que o clube português consiga o segundo lugar do grupo atrás do Manchester United que passeia autenticamente neste grupo.
Para já, há que vencer em casa o Celtic que, contínuo a dizer, é uma equipa perfeitamente ao alcance do Benfica.

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