segunda-feira, março 15, 2010

TRIUNFO DIFÍCIL NA CHOUPANA






- Boa vitória do Benfica na Choupana. Depois do tremendo desgaste vivido frente ao Marselha, o conjunto de Jorge Jesus, sem grandes alterações no onze (mudou apenas o guarda-redes e os laterais), voltou a fazer um jogo muito competente e, na minha opinião, mereceu por inteiro o triunfo. Houve jogadores em grandes dificuldades (Di Maria e Aimar os casos mais evidentes), as transições defensivas não foram as melhores, a intensidade e dinâmica ofensiva esteve longe de ser a ideal mas, tal como referiu o técnico encarnado no final do jogo, a atitude, a crença e a vontade de vencer estiveram sempre lá. Diria que, tendo em conta o que já houve neste mês de Março e o que está para vir, foi a exibição possível.

- Ainda sobre o jogo da Madeira, ontem lembrei-me de Urreta. Continuo a não compreender a sua dispensa - provavelmente até terá sido o próprio a pedir para sair para jogar com mais regularidade, tendo em vista o Mundial -. Vendo Di Maria e Ramires muito fatigados, Urreta seria, com toda a certeza, uma excelente solução. Exceptuando Rúben Amorim que pode fazer de Ramires, não vejo mais ninguém com capacidade para render estes dois jogadores (Carlos Martins é muito mais médio centro do que interior e Fábio Coentrão não é alternativa a Di Maria). Mais do que o brasileiro, será um pesadelo se houver uma lesão no argentino nos próximos tempos.

- Centrais muito bem, Javi Garcia ao seu nível habitual, Saviola esforçado, Cardozo perdolário mas decisivo, Quim absolutamente fantástico nos últimos minutos mas, na minha opinião, o melhor jogador em campo foi Rúben Amorim. Não é de hoje mas acho o Rúben muito mais jogador que o Maxi Pereira. Não sendo um lateral de raíz, cumpre muito bem a sua missão a defender e ataca com muito mais inteligência que o uruguaio. Sabe correr com e sem bola, tem qualidade de passe e possui uma característica que gosto de ver em qualquer tipo de futebolista: não inventa. Numa altura em que é sabido que Bosingwa não vai ao Mundial, poderá ser uma hipótese para Queiróz.

PS: Por falar em laterais direitos para a selecção, toda a credibilidade que o técnico do Valência poderia merecer, a partir de ontem ficou reduzida a zero. Dar a braçadeira de capitão a Miguel, depois de tudo o que este já fez fora de campo, é de uma imbecilidade atroz.

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