terça-feira, fevereiro 12, 2013

CHAMPIONS


PSG e Juventus, ainda que fora de portas, confirmaram o estatuto de favoritos e lograram importantes vantagens que poderão revelar-se decisivas para o desfecho das respectivas eliminatórias. 

"Estive" unica e exclusivamente em Espanha onde o PSG mostrou todo o seu potencial. Muito interessante a prestação dos parasienses, revelando organização defensiva (ou não fosse o seu treinador italiano) e um enorme poder de fogo do meio-campo para a frente. Lazezzi, Lucas, Zlatan acompanhados por Pastore. Um luxo!

Não sei até onde pode chegar este PSG. É um pouco como Dortmund, Juventus ou Porto. Admitindo que vão seguir em frente nesta ronda, terão depois de ter felicidade no sorteio. Aquilo que sei é que tanto os franceses como as outras equipas referidas, num dia bom têm efectivamente argumentos para bater o pé a todas as outras equipas que ainda estão em prova (menos com o Barça mas nunca se sabe). É aguardar para ver.

Interessante a forma como Ancelotti tem preparados três sistemas para o onze que apresentou: 4x2X1X3, 4X4X2 e o 4x3x1x2. 

Começou a partida com três unidades na frente, Lucas à direita (grande jogo!), Lavezzi à esquerda e Zlatan na frente, sempre bem servidos por Pastore. Depois, dois jogadores de cobertura, Matuidi e Verratti. E que jogador é o italiano. Um pequeno Pirlo, não tenho a menor dúvida. Vinte anos e uma personalidade e inteligência fora do comum. Jogava no Pescara na série B e mérito para os olheiros do Paris (calculo que tenha havido dedo de Ancelotti) que o descobriram bem antes dos colossos italianos.

Na segunda parte, jogou mais num 4x4x2, com Lucas (depois Chantôme) sobre a direita e Pastore sobre a esquerda, deixando Zlatan e Lavezzi na frente. Com sentido de baliza também. Foram várias as oportunidades neste sistema.

A espaços mas também com muito sentido, tivemos um modelo mais perto daquele que Ancelotti utilizava no Milan, com 3 jogadores de funções puramente defensivas (Matuidi no centro-esquerda, Verrati no centro e Chantôme no centro-direita) e com Pastore novamente nas costas dos dois avançados (a fazer lembrar o Kaká no Milan). 

Pelo exposto, são várias as soluções e é boa a matéria prima. É uma questão de construir uma equipa com mentalidade ganhadora e com vontade em sobrepor o colectivo ao ego individual. Como disse, não é por falta de material, senão vejamos: Menez, Thiago Silva, Gameiro, Van der Wiel ou Beckham pouco ou nada calçaram neste jogo.

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