segunda-feira, fevereiro 11, 2013

DISCUTÍVEL


Jorge Jesus na choupana e Jesualdo em alvalade. Dois técnicos com a mesma ideia para o jogo deste fim-de-semana: ter alguém no banco capaz de abanar com a partida na segunda parte. Ora, o técnico leonino apostou na juventude e irreverência de Bruma em detrimento de Carrillo, ao passo que Jesus deu a titularidade a Urreta, relegando a fantasia de Nico Gaitán para segundo plano.

A questão que se impõe é, então, pertinente: faz sentido guardar algumas das melhores armas para um segundo plano ou o treinador deveria, invariavelmente, colocar em campo os jogadores mais fortes, tentando, desde o início, "arrumar" com o jogo?

Tendencialmente, estou mais de acordo com a segunda hipótese. Os melhores devem estar em campo desde início. Porém, às vezes é importante dar estimulos a jogadores ditos de "segunda linha". Como tal, compreendi as introduções de Bruma e Urreta.

Aquilo que um treinador não deve no entanto fazer é olhar a nomes no momento de fazer as substituições. E nesse particular, tanto Jesus como Jesualdo erraram. Ambos estavam a ser os melhores das suas equipas e, é curioso, os alas do lado oposto estavam a ser dos piores. São este tipo de pormenores que podem "queimar" jogadores e criar conflitos de balneários (não creio que seja o caso dado estarmos a falar de dois jogadores que apenas fizeram o primeiro jogo como titular esta época).

Outra coisa que os treinadores devem ter em atenção é que há jogadores que necessitam de mais carinho e atenção que outros. Não creio que Gaitán e Carrillo aportem grande coisa (muito embora este último jogo tenha contrariado a regra) quando saídos do banco. E by the way, estando a falar dos dois melhores jogadores no plano técnico das respectivas equipas, só faz sentido é que estejam dentro de campo desde o apito inicial. E quando se é craque, por muito que a juventude ou os criticos o queiram contrariar, mais cedo ou mais tarde esse talento será reconhecido de forma incondicional. Foi assim com Di Maria, tem sido assim com James (que também já teve nos seus ombros a discussão "titular vs suplente") e será assim com os ditos.

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