terça-feira, setembro 27, 2005

"Holandeses" derrotam Benfica!




"GRANDE EXIBIÇÃO EUROPEIA COM RESULTADO INGLÓRIO"



MAN UTD 2-1 BENFICA
(Giggs, Nistelrooy ; Simão)



Inglório!
Custa muito ver uma equipa ser derrotada desta maneira, depois de uma exibição tão personalizada e tão homogénea durante tantos períodos de jogo. Convém dizer que os encarnados jogaram desta forma naquele que é um dos campos mais dificeis do Mundo de jogar, naquela que é uma das melhores equipas europeias e uma das candidatas a ganhar a Liga dos Campeões. Já agora, sendo também um adepto do Manchester United, acredito que desta forma, com este futebol desgarrado que vive muito à base das individualidades, o United não vai muito longe na competição.

Antes de deixar o meu comentário em relação ao jogo própriamente dito, é justo destacar o apoio demonstrado dentro do "teatro dos sonhos" pelos adeptos do Benfica. Foi deveras emocionante e gratificante ouvir na televisão cânticos a bom tom como "Glorioso SLB", "Ninguém pára o Benfica", "Benfica, Benfica", sem dúvida, algo inesquecível e que mostra a grandeza do clube encarnado.
(Só foi pena um ou dois holandeses terem estragado a festa aos adeptos que tanto fizeram (juntamente com os jogadores) para a merecer.

Em relação ao encontro, o Benfica realizou uma primeira parte notável. Entrou algo receosa nos primeiros minutos mas rapidamente sacudiu a pressão dos ingleses e começou a esplanar o seu futebol.
O Benfica dispôs de inumeras oportunidades para marcar mas, por infelicidade ou pela inspiração do guarda-redes Van der Saar, o nulo ia subsistindo.
Relativamente ao United, apenas conseguia criar perigo através de rasgos individuais, especialmente por Giggs e também Ronaldo e Nistelrooy. O holandês criou mesmo a melhor oportunidade da primeira parte ao rematar violentamente contra a barra.
Aos 39 minutos, com o jogo aparentemente controlado por parte dos encarnados (apesar de estar a jogar com 10 unidades e com Beto), Giggs, com muita sorte, na marcação de um livre, colocou os "red devils" na frente do marcador. A infelicidade europeia mais uma vez batia à porta dos encarnados já que o galês contou com a tabela na barreira, desvio esse que, por sua vez, traiu Moreira.
Sinceramente, depois daquilo que tinha assistido na primeira meia hora onde o esforço e a dedicação dos jogadores imperou, depois de um golo injusto e fortuito dos ingleses, pensei que o Benfica iria cair e iria entregar-se definitivamente ao poderio do Manchester United.
A verdade é que, na etapa complementar, todos os meus pensamentos negativos cairam rapidamente "em saco roto". O Benfica reentrou bem melhor que o seu opositor e dominou territorialmente o encontro. Apesar de nos primeiros minutos da segunda parte não estar a importunar Van der Saar, sentia-se que o Benfica começava a ameaçar e sentia-se um maior respeito do United e dos seus adeptos pela equipa portuguesa.
Foi com toda a justiça que os encarnados chegaram à igualdade num golo fantástico do capitão Simão Sabrosa na cobrança de um livre directo. O empate não gelou Old Trafford, porque, nesse capítulo, é muito dificil que tal aconteça, mas a verdade é que abanou (e muito!) a equipa inglesa.
Nos minutos seguintes ao golo do Benfica, sentiu-se que era possível fazer-se mais qualquer coisa, a vitória poderia muito bem sorrir aos encarnados. Contudo, mais uma vez, houve uma personalidade que não quis que tal acontecesse. Koeman, novamente, mostrou a sua incompetência a ler o jogo.
Tal como referi quando perdemos com o Gil Vicente e com o Sporting, o responsável pela derrota foi só um: Ronald Koeman. Meus amigos, como é possivel Beto ter jogado quase 90 minutos quando aos 15 minutos da primeira parte era notório a sua falta de ritmo, a sua falta de qualidade, a sua inaptidão para desempenhar as funções de médio direito... pelos vistos, só Koeman é que entendeu que Beto estava a ser fundamental no bom futebol desempenhado pelos encarnados. Tiro o meu chapéu aos restantes jogadores que mesmo com tanta azelhiçe do holandês conseguiram deixar uma imagem daquilo que é o Benfica; tiro o meu chapéu aos adeptos que mostraram em Old Trafford o que é ser adepto deste clube; tiro o meu chapéu a Nélson que "levou" com Giggs e com Richardson durante 90 minutos e que se bateu como um leão.
Custa tanto estar a escrever minutos depois de um grande jogo de futebol, de uma grande exibição da minha equipa e de um resultado destes provocado pela incompetência de um holandês que só tem prejudicado o clube e quem gosta dele!



A verdade é que Nistelrooy, com a frieza e o instinto que o tornam um dos mais notáveis goleadores, fez a diferença e, a 5 minutos do fim do encontro, deu a vitória ao Manchester.
De dizer que Koeman, ao sofrer o golo, colocou Geovanni e Mantorras em campo tirando Manuel Fernandes e Beto. Já antes, ainda com o resultado em 1-1, tirou Miccoli e colocou João Pereira. Se eu fosse Geovanni ou Mantorras, sabia bem o que fazia...
Fico por aqui.
Grande noite europeia manchada pela incompetência e frieza holandesa!

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