O Sporting voltou às vitórias na Liga Portuguesa, batendo o Vitória de Setúbal por uma bola a zero.
Depois da derrota da passada semana, na Choupana, diante do Nacional da Madeira, os comandados de José Peseiro tinham pela frente um adversário que tem por tradição dificultar a vida aos leões em Alvalade.
Com João Alves chamado à titularidade em detrimento do lesionado Sá Pinto, José Peseiro apostava claramente num meio campo mais criativo, já que o ex-bracarense em parceria com João Moutinho, poderiam trazer ao conjunto, mais qualidade ofensiva.
Mas, estranhamente não foi isso que aconteceu, já que o Sporting não entrou bem no jogo, nunca conseguiu contrariar a bem organizada defesa sadina, e só por uma vez conseguiram chegar com perigo à baliza contrária, num desenho táctico muito vistoso, com uma triangulação perfeita que culminaria com Deivid a ser carregado a meias dentro da área por Moretto e Bruno Ribeiro. O árbitro da partida, Paulo Baptista, de imediato apontou para a marca da grande penalidade, expulsando o guardião brasileiro, e deixando os setubalenses com 10 elementos em campo
Marco Tábuas foi chamado para render Pedro Oliveira, e que mais poderia desejar Norton de Matos, que o seu guarda-redes suplente entrasse e defendesse uma grande penalidade de Liedson?
É verdade, foi isso que aconteceu, o remate do "levezinho" saiu à figura, e continuava o nulo a manter-se.
Mas, como nem tudo são rosas, pouco depois os sadinos viriam mesmo a sofrer o primeiro (e único) golo da partida, apontado por outro brasileiro, Deivid, que após excelente cruzamento de Paíto, dominou no peito, aguentou a pressão de Auri, e à saída de Marco Tábuas, disparou para o golo.
Explosão de alegria em Alvalade, para os mais de já impacientes 30 mil adeptos que deram colorido ao recinto leonino.
Reduzido a dez elementos, o Vitória só por uma vez conseguiu incomodar Nélson, num remate já dentro da área leonina, da autoria de Sougou, que o guardião defendeu com alguma dificuldade.
Na segunda parte, mais do mesmo, ou seja, o Sporting sem conseguir criar situações de grande perigo, mesmo a jogar com mais um, e o Vitória sem ter suceso nas tímidas iniciativas de contra-ataque, na tentativa de explorar a velocidade de Sougou.
Os adeptos presentes em Alvalade não estavam de maneira alguma satisfeitos, e eis que não quando, de repente, começam algumas assobiadelas, que ganharam contornos estéricos quando José Peseiro retirou de campo Liedson para fazer entrar Beto. Estávamos a cerca de dez minutos do final do encontro e o técnico leonino entendeu por bem reforçar o meio campo em detrimento da procura do segundo golo, o golo da tranquilidade.
Foi uma assobiadela monumental em Alvalade, com alguns lenços brancos, que só não ganhou contornos ainda mais graves porque o Setúbal não conseguiu chegar à igualdade.
Imaginem como seria se, nos instantes finais da partida, os sadinos conseguissem marcar um golo e fazer com que o Sporting perdesse dois pontos...
Mas não aconteceu, o Sporting venceu, arrecadou mais três pontos e está agora somente a a um ponto de distância do líder, FC Porto.
FICHA DE JOGO:
ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, EM LISBOA
ESPECTADORES: 30900
ÁRBITRO: PAULO BAPTISTA
AUXILIARES: LUÍS TAVARES E PAULO CARRILHO
4ºÁRBITRO: JOÃO ROQUE
SPORTING: Nélson "cap."; Miguel Garcia, Tonel, Anderson Polga e Tello; Luís Loureiro, João Alves e João Moutinho; Douala, Deivid e Liedson.
TREINADOR: José Peseiro
VITÓRIA DE SETÚBAL: Moretto; Janício, José Fonte, Auri e Nandinho; Ricardo Chaves e Dembelé; Bruno Ribeiro, Tchomogo e Sougou; Pedro Oliveira.
TREINADOR: Luís Norton de Matos
SUBSTITUIÇÕES: Tello por Paíto (29), Luís Loureiro por Wender (55) e Liedson por Beto (79); Pedro Oliveira por Marco Tábuas (23), Tchomogo por Heitor (65) e Ricardo Chaves por Binho (76).
MARCADORES: 1-0 por Deivid aos 35 minutos.
DISCIPLINA: Cartão amarelo a João Moutinho (66); Sougou (38). Cartão vermelho directo a Moretto (19).
Sem comentários:
Enviar um comentário