Suiça 2-0 Portugal
(Hakan Yakin (2))
Apesar de não haver grandes motivos para preocupação, não deixa de ser lamentável aquilo que se passou ontem na Suiça. Não, nem sequer me estou a referir à má prestação da equipa de arbitragem já que, como sabem, para mim esse assunto é quase sempre secundário. Refiro-me, sim, à vergonhosa prestação da segunda linha portuguesa e em especial àqueles que tanto reclamavam pela titularidade. Tudo bem que nada estava em jogo mas, por isso mesmo, exigia-se mais. A busca do risco, a procura de um futebol ofensivo, atractivo e descomplexado, a ausência de nervosismo, a procura de um lugar no onze de quinta-feira, o facto de se jogar frente a um modesto e já condenado adversário, tudo isto deveriam ser factores mais que estimulantes para termos uma selecção diferente daquela que tivemos. Mais, independentemente de tudo, há um nome a defender, há uma imagem a deixar ao país e ao Mundo e há o respeito por todos nós e em particular por todos aqueles que fizeram sacrifícios para poder ver Portugal ao vivo. Por tudo isto e muito mais, a palavra vergonha é a palavra chave para o ocorrido.
Uma vez que não há muito para dizer sobre o jogo de ontem, gostaria apenas de tecer algumas considerações sobre o seleccionador. Relativamente ao "onze" que apresentou, nada a dizer. Podia ter jogado Nuno ou Patrício (mas também aceito que não o tenha feito), podia ter feito descansar mais ou menos jogadores, podia fazer o que ele bem entendesse já que, no fundo, a missão estava cumprida. Agora, o que mais me revolta é a falta de ambição deste seleccionador. Apesar de não compreender, ainda consigo engolir que, nos jogos a doer, Scolari seja fiel aos seus principios, fiel ao seu modelo de jogo preferindo manter quase sempre as bases e as linhas com que trabalha durante a semana. Não posso nem consigo aceitar é que em jogos deste calibre não se arrisque um milímetro, não se estude alternativas, não se procure inventar soluções em situação de desvantagem.
A perder 2-0 contra a grande Suiça, Scolari troca Moutinho por Veloso e Hugo Almeida por Helder Postiga. Ora, qual era a ideia? é que se a ideia era apenas rodar por rodar, então a estratégia foi conseguida. Pergunto: por que é que, durante todo o estágio do pré-euro, Scolari andou a experimentar na equipa "B" a dupla Postiga-Hugo Almeida? Seria assim tão descabído testá-los aos dois nos últimos 20 minutos de jogo, isto a perder por 2-0? Fica a interrogação...
É por estas e por outras - por exemplo a vergonhosa conferência de imprensa que o mesmo deu na véspera do jogo revelando falta de respeito pelos jornalistas e um "estilo à Mourinho" só que sem graça - que contínuo na minha: por muito jogos que ganhe, por muito que eleve o nome de Portugal, jamais será um treinador do meu agrado.
(Hakan Yakin (2))
Apesar de não haver grandes motivos para preocupação, não deixa de ser lamentável aquilo que se passou ontem na Suiça. Não, nem sequer me estou a referir à má prestação da equipa de arbitragem já que, como sabem, para mim esse assunto é quase sempre secundário. Refiro-me, sim, à vergonhosa prestação da segunda linha portuguesa e em especial àqueles que tanto reclamavam pela titularidade. Tudo bem que nada estava em jogo mas, por isso mesmo, exigia-se mais. A busca do risco, a procura de um futebol ofensivo, atractivo e descomplexado, a ausência de nervosismo, a procura de um lugar no onze de quinta-feira, o facto de se jogar frente a um modesto e já condenado adversário, tudo isto deveriam ser factores mais que estimulantes para termos uma selecção diferente daquela que tivemos. Mais, independentemente de tudo, há um nome a defender, há uma imagem a deixar ao país e ao Mundo e há o respeito por todos nós e em particular por todos aqueles que fizeram sacrifícios para poder ver Portugal ao vivo. Por tudo isto e muito mais, a palavra vergonha é a palavra chave para o ocorrido.
Uma vez que não há muito para dizer sobre o jogo de ontem, gostaria apenas de tecer algumas considerações sobre o seleccionador. Relativamente ao "onze" que apresentou, nada a dizer. Podia ter jogado Nuno ou Patrício (mas também aceito que não o tenha feito), podia ter feito descansar mais ou menos jogadores, podia fazer o que ele bem entendesse já que, no fundo, a missão estava cumprida. Agora, o que mais me revolta é a falta de ambição deste seleccionador. Apesar de não compreender, ainda consigo engolir que, nos jogos a doer, Scolari seja fiel aos seus principios, fiel ao seu modelo de jogo preferindo manter quase sempre as bases e as linhas com que trabalha durante a semana. Não posso nem consigo aceitar é que em jogos deste calibre não se arrisque um milímetro, não se estude alternativas, não se procure inventar soluções em situação de desvantagem.
A perder 2-0 contra a grande Suiça, Scolari troca Moutinho por Veloso e Hugo Almeida por Helder Postiga. Ora, qual era a ideia? é que se a ideia era apenas rodar por rodar, então a estratégia foi conseguida. Pergunto: por que é que, durante todo o estágio do pré-euro, Scolari andou a experimentar na equipa "B" a dupla Postiga-Hugo Almeida? Seria assim tão descabído testá-los aos dois nos últimos 20 minutos de jogo, isto a perder por 2-0? Fica a interrogação...
É por estas e por outras - por exemplo a vergonhosa conferência de imprensa que o mesmo deu na véspera do jogo revelando falta de respeito pelos jornalistas e um "estilo à Mourinho" só que sem graça - que contínuo na minha: por muito jogos que ganhe, por muito que eleve o nome de Portugal, jamais será um treinador do meu agrado.
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