RESOLVIDO

Pecou por escassa a vitória leonina ante um Benfica que primou pela falta de intensidade e inspiração do primeiro ao último minuto. Sá Pinto voltou a montar a equipa da mesma forma que o havia feito diante do Metalist e a fórmula deu novamente frutos. O Sporting deu a iniciativa de jogo ao rival na primeira parte (os de Jesus foram para o intervalo com 66% de posse de bola) e explorou o contra-ataque com transições rápidas e bolas nas costas de Luisão e Garay. Foi assim, por exemplo, que nasceu o lance do penalty sobre Wolswinkel.

No segundo tempo, o Sporting subiu as linhas, assumiu mais o jogo e podia ter construído um resultado muito mais expressivo. Não fora Artur e a desinspiração do lobo e certamente que mais golos teriam surgido.

Numa perspectiva encarnada, este jogo veio colocar um ponto final na ambição de conquistar o título. Diria mesmo que o Benfica começou a perder este jogo no sábado à noite com aquele soco no estômago que foi a vitória do Porto.

Agora que terminou a aventura europeia, há que reunir esforços para, de mal o menos, garantir o segundo lugar. É que, se para o Sporting ficar em 4º ou 5º é mais ou menos a mesma coisa, para os encarnados garantir o acesso directo para a champions é sinónimo de um significativo encaixe financeiro e de uma entrada mais tarde na preparação da próxima época.

PS: Termino com uma nota de destaque a respeito de um jogador absolutamente fabuloso: Marat Izmailov. Pelo toque de bola faz-me lembrar o perfume e a classe de Andrés Iniesta. Tivesse tido menos azar com as lesões e teriamos ali um jogador de top mundial.