sábado, setembro 15, 2007

Superliga: Benfica supera Naval



Por paradoxal que possa parecer, apesar da excelente vitória e da boa exibição do Benfica, o sentimento é de frustração. Perder Petit, presumo que por vários meses, não é naturalmente uma boa noticia. Não estarei a ser exagerado se disser que Petit era, neste momento, o jogador mais fundamental deste Benfica. Estava em super forma e era um dos grandes responsáveis pela grande forma de Rui Costa. Se para o jogo de Milão o Benfica tinha, a meu ver, 30 % de hipóteses de trazer pontos, com a lesão de Petit e sabendo da importância de Katsouranis no centro da defesa, a percentagem diminui drasticamente.

Numa breve análise à partida, diria que a Naval pagou muito caro o facto de entrar na Luz para jogar taco-a-taco com o conjunto "encarnado". Entrou muito bem a equipa da Figueira da Foz, com uma enorme pressão sobre o portador da bola e com muita rapidez na troca do esférico. Nos primeiros 15 minutos de jogo, o Benfica limitava-se a ver jogar e a jogar em contra-ataque.
Aos 23 minutos de jogo, no primeiro remate digno de registo, o Benfica fez golo. Rodriguez arrancou uma "bomba" bem fora da área, não dando hipóteses a Taborda. Estava feito o primeiro do jogo através de um jogador que se estreava como titular na equipa.
A partir desse momento e até à lesão de Petit já no último quarto de hora, apetece-me dizer que só houve uma equipa em campo. O conjunto lisboeta empolgou-se e partiu para uma extraordinária exibição. Jogadas de primeiro toque, muita mobilidade, muito perfume e magia no toque de bola e, claro está, Rui Costa. Foi ele o grande maestro e o grande responsável pela fabulosa amostra de classe que o Benfica deixou hoje na Luz. Para quem duvida disso, veja e reveja aquilo que se passou no minuto 35. Pois, para quem viu, sabe do que estou a falar.

No segundo tempo, saliência para o regresso aos golos de Nuno Gomes, isto apesar de ter ficado com a sensação que Taborda, o guarda-redes da Naval, podia ter feito algo mais.
Uma palavra ainda para os reforços. Edcarlos fez a sua estreia e, apesar de não ter comprometido, fiquei com a sensação que é o típico central brasileiro. Joga demasiado adiantado no terreno e dá muito espaço ao adversário, principalmente quando o atacante cai nas linhas. Ora, com Pippo Inzaghi, isso pode revelar-se fatal.
Estou com algum receio de ver este jogador no jogo de Milão. O problema é que sem David Luíz e sem Luisão...
Quanto a Rodriguez, creio que foi a par de Rui Costa e Quim, a unidade de maior rendimento no jogo. Grande jogo do uruguaio o que, para mim, não foi surpresa. Quem o viu na Copa América a brilhar e a, por exemplo, relegar Recoba para o banco, sabe do que falo. O que salta mais à vista no "cebola" é a sua enorme capacidade em controlar a bola. Tem um pé esquerdo notável e é, seguramente, um grande reforço.
Apesar de já não ser propriamente um desconhecido, uma palavra ainda para Di Magia. Mesmo não tendo feito um grande jogo, mesmo tendo cometendo alguns erros infantis, nomeadamente no passe, diria que é ultra necessário ter um jogador desta qualidade em campo. Mobilidade, qualidade técnica, capacidade em causar desequilibrios, tudo isto é necessário no futebol moderno. E tudo, caros amigos, podemos ver em Angel Di Maria. Como diz o outro, Mamma mia!
Uma palavra ainda para a parte final do jogo. O Benfica sentiu a lesão de Petit e "desligou a ficha". Melhor dizendo, quase todos quebraram. Digo quase todos porque, efectivamente, não foi o caso de Quim. Extraordinária (mais uma!) a exibição do guarda-redes benfiquista. Efectuou 8 defesas e todas elas de grande qualidade. É impressionante a sua concentração na baliza. Foi, sem dúvida, o maior responsável pelo facto de Camacho ainda não conhecer o sabor de um golo sofrido.

Pelo exposto, vitória justa do Benfica, numa noite tremendamente infeliz dado que perder Petit tem quase o mesmo sentimento de uma derrota.
De dizer ainda que a Naval merecia ter saído da luz com o seu placar colorido.




4 comentários:

Anónimo disse...

Terça-feira nem vejo o jogo, cujos números ficarão bem perto do pesadelo de Vigo...Sem o petit, nem é bom pensar o que se sucederá!

Unknown disse...

Não sei se faz algum sentido isto mas uma das soluções podia passar pela utilização do Maxi Pereira como médio defensivo. Pela forma prática como joga e pela sua enorme capacidade física, se calhar até podia ser uma boa solução.
Katsouranis está muito bem a central e tem mesmo que jogar nessa posição.
Vida difícil para os nossos lados...

Anónimo disse...

Creio q nem sera mt pelo jogo de Milao q nos devemos preocupar, embora seja tambem importante, penso q nos jogos do campeonato e nos 2 jogos seguintes para a Champions, ai sim, poderemos recear bastante a falta do PETIT.
No entanto, estou esperançado em q o benfica consiga continuar na senda dos exitos, temos q torcer por isso....

Já agora o q se passa c Adu??

Concordo ctg Rocha em relaçao á opçao do Maxi Pereira, mas no lugar deste utilizariamos o Nuno Assis em Milao?


Abraço

Unknown disse...

De facto não faço ideia o que se passa com o Adu. Uma coisa é certa, neste jogo contra a Naval e a ganhar 3-0, era uma boa hipótese de lhe dar alguns minutos e algum ritmo de jogo. Calculo que a adaptação seja difícil. Se não serve para os séniores, podia muito bem jogar pelos juniores.

Quanto ao Nuno Assis, não creio que fosse uma boa opção. Preferia muito mais o Di Maria e o cebola nas alas e o Cardozo à frente do Nuno Gomes. Vamos aguardar...