Grécia 2-1 Portugal
(Karagounis (2); Nuno Gomes)
Mais uma exibição miserável da nossa selecção, novamente frente a uma selecção grega que faz da organização defensiva e do jogo colectivo a sua principal arma. Curiosamente, desta vez as individualidades sobressairam mais no lado grego já que o ex-Benfica Karagounis, com dois livres directos, acabou por resolver o jogo.
Muito haveria para dizer em relação àquilo que Portugal (não) fez mas, sinceramente, nem quero voltar a falar em determinados assuntos (convocatórias, equipa sem fio de jogo, más substituições, ausência de um modelo de jogo, dependência excessiva de Ronaldo) porque, no fundo, estaria a repetir-me desnecessariamente. Já todos sabem o que eu penso e, devo dizer-vos, gostaria de estar errado mas cada vez estou mais convencido que há uma determinada pessoa que está a mais na nossa selecção.
Para ser sincero, mesmo não conseguindo perceber como é que Portugal (mesmo com tantas ausências) voltou a cair na estratégia dos gregos, contrariamente ao que é habitual, desta vez dou algum desconto ao (pseudo) seleccionador. De facto, não é fácil formar uma equipa competitiva tendo tantos jogadores importantíssimos lesionados e, pior que isso, haver outros tantos em péssimo momento de forma. Aliás, neste momento, acho que é extremamente difícil fazer uma convocatória sem ter de olhar ao nome dos jogadores. Caso assim não fosse, Scolari teria de deixar de fora Miguel, Miguel Veloso, Petit, Deco e até Tiago que estão a viver, talvez, o seu pior momento de forma dos últimos anos.
Apesar de ainda estarmos longe do Europeu, devo dizer que estou bastante preocupado com o que tenho visto. Defender relativamente bem e apostar tudo em Ronaldo apenas resulta às vezes. Aliás, na qualificação já nem deu porque as outras selecções percebem que só daí é que pode vir o perigo. Falta muito a esta selecção e já falta há muito tempo. Mais uma vez digo sem qualquer tipo de reservas que há matéria prima mais que suficiente para ombrear contra Espanhas, Itálias, Franças ou Alemanhas. Agora, apostar no Cristiano e na Nossa Senhora do Caravágio é como jogar no Euromilhões.
A título de curiosidade, se fosse hoje, aqui ficava a minha lista dos 23 seleccionáveis:
GR: Ricardo, Quim, Eduardo
DD: Bosingwa, Abel
DE: Caneira, Jorge Ribeiro (porque não há outro)
DC: Meira, Carvalho, Pepe, Bruno Alves (jogaria só em último recurso)
MD: Petit, Raúl Meireles
MC: Deco, Moutinho, Carlos Martins, Manuel Fernandes
MA: Ronaldo, Simão, Quaresma, Nani
AC: Nuno Gomes, Hugo Almeida
PS: Talvez daqui a um mês e meio as escolhas sejam diferentes. Miguel Veloso, Tiago, Miguel, Maniche, Hugo Viana, Helder Postiga, Makukula, Paulo Ferreira e outros mais poderão estar em melhor forma e serem escolhas mais acertadas que aquelas feitas por mim hoje. Uma coisa é certa, dos 31 jogadores que aqui deixei, seguramente que vão sair daqui os 23 de Scolari (tirando Rui Patricio que entrará para o lugar de Eduardo). Independentemente das escolhas do sargentão, exige-se muito trabalho em Viseu para atacar o Europeu de uma forma bem mais honesta e competitiva do que aquela que tivemos durante toda a qualificação. É que, caso assim não seja, Portugal arrisca-se a nem sequer passar o grupo onde está inserido.
PS1: Sei que Scolari não vai jogar desta forma no Euro mas, já agora, aqui fica mais uma opinião. Por que não jogarmos num 4-4-2 estilo Manchester United com Simão e Nani (já que Quaresma teima em não fazer nada na selecção) a assumirem as alas, Deco e um trinco a assumirem as despesas do meio-campo e Ronaldo no apoio a Hugo Almeida (adoro esta combinação de avançados, sendo um rápido e móvel e o outro fixo e forte fisicamente). Alguém concorda comigo ou é muito arriscado jogar assim num campeonato da Europa? - OPINIÕES PRECISAM-SE!! -
(Karagounis (2); Nuno Gomes)
Mais uma exibição miserável da nossa selecção, novamente frente a uma selecção grega que faz da organização defensiva e do jogo colectivo a sua principal arma. Curiosamente, desta vez as individualidades sobressairam mais no lado grego já que o ex-Benfica Karagounis, com dois livres directos, acabou por resolver o jogo.
Muito haveria para dizer em relação àquilo que Portugal (não) fez mas, sinceramente, nem quero voltar a falar em determinados assuntos (convocatórias, equipa sem fio de jogo, más substituições, ausência de um modelo de jogo, dependência excessiva de Ronaldo) porque, no fundo, estaria a repetir-me desnecessariamente. Já todos sabem o que eu penso e, devo dizer-vos, gostaria de estar errado mas cada vez estou mais convencido que há uma determinada pessoa que está a mais na nossa selecção.
Para ser sincero, mesmo não conseguindo perceber como é que Portugal (mesmo com tantas ausências) voltou a cair na estratégia dos gregos, contrariamente ao que é habitual, desta vez dou algum desconto ao (pseudo) seleccionador. De facto, não é fácil formar uma equipa competitiva tendo tantos jogadores importantíssimos lesionados e, pior que isso, haver outros tantos em péssimo momento de forma. Aliás, neste momento, acho que é extremamente difícil fazer uma convocatória sem ter de olhar ao nome dos jogadores. Caso assim não fosse, Scolari teria de deixar de fora Miguel, Miguel Veloso, Petit, Deco e até Tiago que estão a viver, talvez, o seu pior momento de forma dos últimos anos.
Apesar de ainda estarmos longe do Europeu, devo dizer que estou bastante preocupado com o que tenho visto. Defender relativamente bem e apostar tudo em Ronaldo apenas resulta às vezes. Aliás, na qualificação já nem deu porque as outras selecções percebem que só daí é que pode vir o perigo. Falta muito a esta selecção e já falta há muito tempo. Mais uma vez digo sem qualquer tipo de reservas que há matéria prima mais que suficiente para ombrear contra Espanhas, Itálias, Franças ou Alemanhas. Agora, apostar no Cristiano e na Nossa Senhora do Caravágio é como jogar no Euromilhões.
A título de curiosidade, se fosse hoje, aqui ficava a minha lista dos 23 seleccionáveis:
GR: Ricardo, Quim, Eduardo
DD: Bosingwa, Abel
DE: Caneira, Jorge Ribeiro (porque não há outro)
DC: Meira, Carvalho, Pepe, Bruno Alves (jogaria só em último recurso)
MD: Petit, Raúl Meireles
MC: Deco, Moutinho, Carlos Martins, Manuel Fernandes
MA: Ronaldo, Simão, Quaresma, Nani
AC: Nuno Gomes, Hugo Almeida
PS: Talvez daqui a um mês e meio as escolhas sejam diferentes. Miguel Veloso, Tiago, Miguel, Maniche, Hugo Viana, Helder Postiga, Makukula, Paulo Ferreira e outros mais poderão estar em melhor forma e serem escolhas mais acertadas que aquelas feitas por mim hoje. Uma coisa é certa, dos 31 jogadores que aqui deixei, seguramente que vão sair daqui os 23 de Scolari (tirando Rui Patricio que entrará para o lugar de Eduardo). Independentemente das escolhas do sargentão, exige-se muito trabalho em Viseu para atacar o Europeu de uma forma bem mais honesta e competitiva do que aquela que tivemos durante toda a qualificação. É que, caso assim não seja, Portugal arrisca-se a nem sequer passar o grupo onde está inserido.
PS1: Sei que Scolari não vai jogar desta forma no Euro mas, já agora, aqui fica mais uma opinião. Por que não jogarmos num 4-4-2 estilo Manchester United com Simão e Nani (já que Quaresma teima em não fazer nada na selecção) a assumirem as alas, Deco e um trinco a assumirem as despesas do meio-campo e Ronaldo no apoio a Hugo Almeida (adoro esta combinação de avançados, sendo um rápido e móvel e o outro fixo e forte fisicamente). Alguém concorda comigo ou é muito arriscado jogar assim num campeonato da Europa? - OPINIÕES PRECISAM-SE!! -
3 comentários:
Acho que é uma boa hipótese jogar em 4x4x2 se bem que prefiro o C.Ronaldo nas alas. O golo de Portugal contra a Grécia só foi possível porque estavamos a jogar com 2 avançados. Sim é uma boa solução.
Ricardo Costa
Não acho que numa competição como o Europeu, bastante táctica e contra equipas bem estruturadas e que povoam bastante o meio campo, seja um esquema para jogar logo de início devido ao risco de o meio campo ficar desamparado e vulnerável às investidas adversárias. Algo que me faz alguma confusão na equipa de Portugal é o à vontade com que deixa os adversários desmarcarem-se e a pouca agressividade a atacar a bola. Com um meio campo apenas com dois homens no miolo temo que a razão risco/benefício deste esquema táctico não seria favorável à equipa nacional. Defendo uma táctica desse tipo em jogos de qualificação em casa contra equipas modestas ou quando é necessário correr atrás do prejuízo. Mas penso que Portugal teria mais a ganhar se optasse por um meio campo com 3 homens:
- um trinco (Petit ou Veloso)
- um médio criativo (Deco)
- um médio de transição (João Moutinho ou Maniche)
e uma frente de ataque com três homens...
Como comentário final gostaria de deixar expresso que, tendo em conta o mau momento de Deco e que as opções para o seu lugar (Carlos Martins, Nani) não me agradam sobremaneira, que jeitão daria a Portugal poder contar com o Rui Costa...
Cumps
Doc, concordo com o que disseste. O 4x3x3 seria, porventura, a melhor opção até porque tem sido assim que têm jogado quase sempre. No entanto, não creio que o 4x4x2 seja assim tão arriscado, isto se tivermos o Simão e o Nani nas alas. Ambos são jogadores que ajudam muito a defesa, algo que o Quaresma e o Ronaldo não fazem. Depois, com Nani, Simão e Ronaldo ao mesmo tempo teriamos velocidade, capacidade para jogar em contra-ataque e jogadores capazes de fazer pressão.
Quanto ao meio-campo, se tivessemos Deco e Petit em boa forma, estou convencido que chegava perfeitamente para lutar contra meio-campos mais fortes.
Mas é como tu dizes, em jogos mais equilibrados, se calhar era melhor fechar um pouco e esperar para ver. Agora, contra Suiças, Turquias e até os checos, era de apostar para tentar fazer 9 pontos.
Cump.
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