CHELSEA 2 ARSENAL 1
Foi um diamante marfinense que destroçou o Arsenal!
Neste derby londrino, e já depois de ambos saberem o resultado do líder da prova, Chelsea e Arsenal proporcionaram um espectáculo agradável de seguir, ainda que sem grandes motivos de interesse junto das balizas. Mesmo assim, o jogo foi intenso, durinho, e com incerteza no marcador até final.
As equipas partiam para este jogo separadas por 2 pontos (vantagem para o Arsenal), e qualquer deslize poderia ser fatal na luta pelo título, já que, o Manchester United continua sem ceder terreno, e já só faltam 7 jornadas para o final do campeonato.
Com a lição bem estudada, os meninos de Wenger estiveram muito bem durante toda a primeira parte, impedindo que o Chelsea conseguisse carburar o seu jogo ofensivo, muito por culpa da boa marcação feita a Lampard, que praticamente não se viu. Conseguido que estava um dos objectivos, os "gunners" tentavam materializar em golo o domínio territorial, mas ora por inépcia dos seus atacantes, ora por belíssimas intervenções de Carlo Cudicini, a bola teimava em não entrar.
Com todoas as responsabilidades inerentes ao próprio jogo, e com um Lampard desinspiradíssimo, o Chelsea tentava o contra-ataque, nomeadamente à procura da velocidade de Drogba, que ainda assim esteve muito desapoiado e pouco mais poderia fazer.
O intervalo chegava com o nulo no marcador, e os primeiros minutos da segunda parte traziam mais do mesmo: jogo disputado essencialmente no meio-campo, com o Arsenal a ter sinal mais, e o Chelsea a responder quando podia.
E geralmente nestes jogos, o pontapé na monotonia acaba por surgir de um lance de bola parada. Para não fugir à regra, foi precisamente o que aconteceu: pontapé de canto na esquerda batido por Cesc Fabregas, e ao primeiro poste, Sagna, o lateral direito, de cabeça, fez o 0-1.
Aceitava-se a vantagem forasteira, mas o golo teve o condão de acordar os "blues", e por consequência, beneficiar o espectáculo.
Daí para a frente tudo foi diferente, com o Chelsea a pegar no jogo, mandão, a jogar pelas alas, com os laterias incorporados nas jogadas ofensivas, e as situações de golo a surgirem em catadupa. Para isso também muito contribuíram as alterações feitas por Avram Grant aos 70 minutos, com as entradas de Belletti e Anelka, para os lugares de Makelele e Ballack.
Os últimos 20 minutos foram avassaladores da turma de Stamford Bridge!
Passados que estavam 3 minutos após as alterações, e eis que aparece o homem do jogo em acção: Didier Drogba beneficia de um ressalto de bola dentro da área, em lance por si iniciado, curiosamente em posição irregular, e fuzila autenticamente Almunia, restabelecendo a igualdade.
Era um Chelsea em claro 4-2-4, com Essien e Lampard no meio campo, e Joe Cole, Salomon Kalou, Nicolas Anelka e Didier Drogba na frente de ataque. Isto sem esquecer a toada ofensiva que os laterais (Ashley Cole e Juliano Belletti) davam à equipa.
Como o empate não servia a nenhuma das equipas (ambas perderiam pontos para o líder), adivinhavam-se uns dez minutos finais frenéticos, com os dois conjuntos à procura da vitória. Foi o que aconteceu, mas quem mais lucrou com isso foi o Chelsea, já que, o Arsenal sentiu e de que maneira o golo do empate e não mais se conseguiu encontrar. É na recta final, e aproveitando-se desse facto que a turma azul dá o tudo por tudo, e beneficia de um super inspirado Drogba, que volta a marcar, bisa, e dá a vitória à turma de Avram Grant.
Até final o Arsenal ainda tentou o tradicional chuveirinho (já com Niklas Bendtner ao lado de Adebayor, e William Gallas também como ponta de lança), mas a defesa do Chelsea (com Ricardo Carvalho em grande plano), não deu veleidades aos adversários, e selou o triunfo, que o mantém na corrida pelo título, ainda que seja tarefa muito complicada.
FICHA DO JOGO:
Estádio de Stamford Bridge, em Londres (Inglaterra)
ÁRBITRO: Mark Clattenburg (Inglaterra)
CHELSEA: Cudicini; Essien, Ricardo Carvalho, John Terry e Ashley Cole; Makelele (Anelka, 70), Ballack (Belletti, 70) e Lampard; Joe Cole (Mikel, 88), Kalou e Drogba.
TREINADOR: Avram Grant
ARSENAL: Almunia; Sagna (Diaby, 72), Touré, Gallas e Clichy; Flamini (Bendtner, 87), Fabregas, Eboué e Hleb; Van Persie (Walcott, 76) e Adebayor.
TREINADOR: Arsène Wenger
DISCIPLINA: cartão amarelo a Joe Cole (33), a Ballack (34) e a Drogba (74); a Eboué (5).
MARCADORES: 0-1, por Sagna (59); 1-1, por Drogba (73); 2-1, por Drobga (81).
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