CHAPÉU PARA JESUS...

Por colocar a equipa a praticar tão bom futebol e por ter percebido que seria um suicídio avançar com André Almeida para o lado direito da defesa. A opção recaíu em Witsel e confesso que gostei da ideia (antes e durante o jogo). Sobre esta matéria, só lamento que Jesus não tenha ido ao mercado em busca de um lateral de raiz, ainda para mais percebendo-se que não confia em André Almeida e Miguel Vitor. Mas são estes os jogadores que ele tem à disposição e, convenhamos, não está nada mal servido.

Sobre o jogo, a equipa mostrou mais uma vez pujança ofensiva e está cada vez melhor nas transições defensivas (ainda que tenha sofrido novamente um golo). Neste particular, destaque para a pressão constante que Nolito e Aimar fazem no ataque e para a forma desinibida e muito positiva com que Matic se apresentou no jogo. A lesão de Javi, sendo um problema, passou a ter um bocadinho menos de relevância depois desta boa actuação do sérvio.

Quanto aos destaques, à cabeça temos Rodrigo. Um jogador tremendo, com claros tiques de jogador espanhol (daqueles de topo) e cada vez mais a assumir-se como um indiscutível nesta equipa. E volto a referir, para mim há espaço para eles todos: Javi, Witsel, Aimar, Gaitán, Rodrigo e Cardozo. De resto, Garay esteve enorme, Aimar fez uma primeira parte de alto gabarito e Nico Gaitán voltou aos bons jogos e a provar aquilo que eu sempre escrevi sobre ele: é um talento, um craque, um jogador com uma qualidade de passe e inteligência acima da média e, estando bem física e psicologicamente, é um caso sério. Ainda tem coisas para corrigir (tal como Di Maria tinha e Carrillo tem) mas este é daqueles que não enganam. E mais, tivesse a jogar na esquerda, o seu rendimento quanto a mim ainda era maior.

Termino como quase sempre: tivesse esta equipa dois laterais de topo (escusado será dizer que Emerson voltou a ser o elo mais fraco) e não sei até onde este Benfica poderia ir, sobretudo num plano europeu.