quinta-feira, fevereiro 16, 2012

LIGA EUROPA


O Sporting conseguiu um resultado simpático no batatal do Légia. Destaque para o regresso aos bons momentos do André Santos, autor de um golo fantástico. O garoto já provou ter qualidade e não merecia ter sido tratado da forma que foi por Domingos e também por alguns adeptos leoninos. Curioso também o trio de jogadores que Sá Pinto fez entrar no segundo tempo. Carriço, André Santos e Pereirinha, três jogadores da casa e que nem sempre são acarinhados pelos adeptos. A verdade é que eles (principalmente o André e o Daniel) ajudaram a equipa com golos importantes e que poderão valer o apuramento. Não foi um jogo de encher o olho mas fica uma imagem aceitável da equipa, mostrando carácter e vontade em mudar o rumo negativo que vem vivendo.

No outro jogo da noite, o Porto perdeu frente a uma equipa que, claramente, tem um plantel capaz de inclusive lutar pela champions. Fica o registo de uma grande primeira parte azul e branca, de pressão alta, boa circulação de bola e com um flanco esquerdo verdadeiramente assustador. Aquela dupla Álvaro-James faz-me lembrar o Benfica do ano passado com Coentrão e Gaitán. Aliás, as semelhanças entre eles são enormes. Álvaro, tal como Fábio, não se cansa de fazer piscinas pelo corredor e James, tal como Nico, consegue fazer muito bem aqueles movimentos interiores, permitindo à equipa jogar com uma espécie de "2 em 1", tendo um lateral que também faz de extremo e um extremo que também joga a dez.

O que mais impressiona neste City é a capacidade física dos seus jogadores. Com Kompany, Richards, Barry, De Jong e Touré, é muito difícil uma equipa fazer 90 minutos de grande intensidade. O Porto conseguiu fazer 45 minutos de grande intensidade e com uma pressão muito alta mas pagou caro esse atrevimento. Ainda assim, concordo com a forma como Vitor Pereira abordou o jogo. Frente a equipas deste calibre, diria que é fundamental ganhar em casa para lograr alguma coisa da eliminatória. Eu, particularmente, ficaria muito mais revoltado se a minha equipa perdesse com um colosso europeu mas mostrasse medo e demasiado respeito desde o início de jogo do que se tivesse uma entrada determinada e com uma procura incessante pelo golo, ainda que no final o resultado fosse negativo. É mesmo isto, se o Benfica, por exemplo, vier a jogar com Barcelona ou Real Madrid, em casa tem de fazer all-in, mesmo que venha a perder o jogo (o que será provável jogando ao ataque ou à defesa).
Ainda um pormenor sobre o City. É verdadeiramente assustador ver a qualidade daquele  banco. A dada altura do jogo, dizia aqui para os meus botões: se o Aguero calha entrar, estou convencido que a eliminatória se decide já hoje. Ora, dito e feito.

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