De um lado temos homens como Ferguson ou Wenger que desvalorizam totalmente as taças de Inglaterra, optando por, nelas, fazerem actuar jogadores menos utilizados. No fundo, tentam valorizar todo um plantel que têm à sua disposição e, ao mesmo tempo, resguardar os jogadores principais para palcos bem mais importantes. Do outro lado, temos Domingos onde faz da Taça de Portugal uma espécie de tudo ou nada ou, olhando concretamente para o jogo de mais logo, como a partida mais importante da temporada.
Já não é de hoje, sobre esta matéria estou plenamente de acordo com aquilo que os técnicos dos grandes ingleses fazem. As taças praticamente não dão dinheiro, em termos de prestígio também não é ao vencê-las que o clube vai ficar melhor ou pior visto e numa perspectiva de valorização do plantel, nada melhor que rodar a equipa em jogos oficiais e com relativa importância.
É evidente que face à época que o Sporting está a fazer, seria impensável rodar a equipa ou não olhar para este jogo frente ao Nacional como uma partida importante. Agora, fazer dela uma tábua de salvação ou apelidá-la de jogo da época parece-me ridículo e demonstra a perturbação e confusão que vai na cabeça de Domingos Paciência.
Não ligo nenhuma às taças (da liga ou de Portugal) e, por conseguinte, não aceito que treinadores de equipas grandes se escondam atrás dessas eventuais conquistas. Mais, no caso do Sporting, seria muito mais importante para o futuro do clube garantir pelo menos o terceiro lugar do que eventualmente ganhar a taça de Portugal. Como tal, eu estaria muito mais preocupado com o jogo frente ao Marítimo do que propriamente com este frente ao Nacional. Nesse contexto, espero que Jorge Jesus se preocupe muito mais com os jogos da champions ou do campeonato do que propriamente com o jogo frente ao FC Porto para a taça da liga (vide o exemplo de Nélson Oliveira que só brilhou porque lhe foi dada a oportunidade no jogo ideal).
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