segunda-feira, fevereiro 20, 2012

LEVANTAR A CABEÇA


Primeira derrota para o campeonato, fim de uma série de 36 jogos sempre a marcar e um jogo com uma primeira parte para esquecer e uma segunda onde houve vontade mas pouca clarividência. A juntar a isto, um excelente Vitória com muita atitude, muita entrega em todos os lances disputados e com a ajuda de um público que, quando quer, sabe tornar o ambiente num verdadeiro inferno para o adversário. Hoje sentiu-se que o Benfica jogou fora de casa, algo que não é fácil verificar na esmagadora maioria dos campos portugueses.

Surpreendeu-me o onze avançado por Jesus, na medida em que, num jogo desta importância, não esperava ver Witsel no banco. Acredito que na cabeça do técnico encarnado estivesse um esquema ofensivo em que a ideia era entrar forte e tentar resolver o jogo o mais rapidamente possível mas, na minha maneira de ver, fazia mais sentido jogar com mais uma unidade no meio-campo, libertar Aimar um pouco mais no ataque e, acima de tudo, ver o que o jogo dava nos primeiros 20 minutos. Se noutros jogos elogiei a forma como o Benfica não tinha a obsessiva ideia em tentar ganhar o jogo nos primeiros 10 minutos, hoje fiquei claramente com a impressão que faria mais sentido ganhar a batalha no meio-campo. Também entendo a dúvida de Jesus em quem tirar do onze para jogar com três médios. Tirar Gaitán ou Nolito signfica tirar profunidade nas alas, abdicar de um Rodrigo em grande forma ou de um Cardozo que tem mostrado veia goleadora é deveras complicado.

Uma derrota é sempre uma derrota mas a vantagem pontual ainda é do Benfica e, como tal, é levantar a cabeça e seguir em frente. Nada está perdido com esta derrota assim como nada estaria ganho caso o resultado fosse favorável. Parabéns ao Guimarães que mostrou qualidade e atrevimento. Destaco dois jogadores que gosto particularmente: Barrientos e Toscano. A vitória foi do colectivo mas estes dois foram fundamentais na manobra ofensiva da equipa.

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