quinta-feira, março 22, 2012

ZONA OU H-H?


Recuperei uma imagem de uma bola parada ofensiva contra o Benfica (o 2º golo do Porto) onde se vê claramente a forma como os encarnados defendem neste tipo de situações. Jorge Jesus é adepto da marcação à-zona onde os seus jogadores estão completamente alinhados, deixando, propositadamente, os adversários livres numa zona onde há menor probabilidade de marcarem.

Há quem goste mais da maracação à-zona, outros defendem o contrário. Não faço ideia qual é a mais eficaz mas gostaria, ainda assim, de deixar o meu ponto de vista.

Já fui jogador de futebol e joguei contra os dois métodos. Pessoalmente, sou a favor da marcação homem-a-homem. Recordo-me perfeitamente das dificuldades que tinha quando me marcavam de forma rigorosa e das oportunidades que criava sempre que me marcavam à-zona. Acho que um jogador embalado é muito mais difícil de parar do que um jogador que esteja a sentir-se pressionado e muitas vezes até ligeiramente agarrado (faz parte).

No seguimento da nota anterior, no golo do Porto há mérito natural de Mangala mas reparem, Jardel está colocado precisamente no local onde o francês atacou a bola. O problema é que entre o saltar ou o saltar depois de um embalo de 5 ou 6 metros há uma diferença enorme.

Preocupa-me de certa forma esta situação porque vejo o Benfica sofrer alguns golos de bola parada e para o jogo da champions há jogadores do Chelsea muito fortes neste particular. Nomes como Cahill, Terry, David Luiz ou Drogba gostam de fazer aquilo que Mangala fez, isto é, quase na linha da grande área, atacam em velocidade a bola que cai naquela zona entre a pequena área e a marca de penalidade.

Não sei qual a solução mas sou adepto da marcação homem-a-homem ou, no máximo, uma marcação mista.

Termino com uma outra nota que também não aprecio muito ao olhar para esta imagem. Os 11 jogadores do Benfica estão todos em situação defensiva. No mínimo, exigir-se-ia uma unidade na frente para lançar um contra-ataque rápido ou para obrigar dois jogadores do Porto a recuarem. Havia treinadores que gostavam de deixar os três atacantes na frente sempre que o adversário tinha uma bola parada, obrigando 4 defesas a estarem na linha de meio-campo. Não vou tão longe mas também não posso gostar desta ausência de unidades no ataque do Benfica aquando de um livre para o rival.

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