Champions: Barcelona, um feliz campeão!!

- O momento da final!

Que grande jogo tivemos oportunidade de assistir. Pena foi que a equipa de arbitragem, num péssimo dia, não tenha estado à altura desta grande final. Frente a frente duas grandes equipas que mostraram o porquê de estar em Paris.

O FILME DO JOGO

O Arsenal entrou melhor na partida. Henry dispôs de duas excelentes ocasiões para marcar. Valeu, na circunstância, a inspiração de Victor Valdez.
Aos 18 minutos surgiu o momento do jogo. Eto'o, isolado, foi derrubado fora da área por Lehmann. O árbitro expulsou o alemão e o Arsenal teve de jogar 72 minutos com 10 jogadores. Se com onze a tarefa já era dificil, com dez, esta seria praticamente impossível.
Esperar-se-ia que o Arsenal iria sucumbir e entregar de "mão beijada" a taça ao Barcelona. Contudo, a história do jogo foi completamente diferente. É certo que os "gunners" recuaram no terreno, é natural que os ingleses propositadamente tenham decidido dar a iniciativa ao adversário mas, o objectivo era travar os muitos ataques do Barça e procurar, numa jogada ou outra, explorar a velocidade de Ljungberg ou Henry na tentativa de ganhar o jogo.



Aos 37 minutos, o Arsenal provou que não estava em Paris em passeio. Numa falta inexistente sobre Eboué, os centrais foram à área adversária e foram felizes. Campbell, num tremendo golpe de cabeça, inaugurava o marcador e adocicava ainda mais a Final. O Barcelona, em desvantagem, teria que atacar ainda mais e sujeitar-se aos poucos mas perigosos contra-ataques ingleses.
Ainda antes do intervalo, Eto'o, numa grande rotação, isolou-se e podia mesmo ter igualado a partida. Almunia e o poste salvaram os "gunners".
Ao intervalo, o Arsenal com sorte mas com muito trabalho à mistura, surpreendia o Barcelona.

Para a segunda parte, Rijkaard lançou Iniesta no lugar de Edmilson. O holandês procurava dar ao seu conjunto mais qualidade de passe e mais profundidade ofensiva. O que é certo é que, apesar dos minutos iniciais aparentarem uma insistência do Barça no ataque, à medida que o tempo foi passando, o Arsenal ia equilibrando e até começava a aparecer mais vezes no ataque. Henry, sempre ele, dava "água pela barba" a Puyol e companhia. Ljungberg que também realizou uma partida soberba, foi sempre o moniciador do francês.



Como o futebol é bonito e imprevisivel. Numa altura em que o Arsenal controlava perfeitamente as operações, podendo inclusivé ter chegado ao segundo golo (Henry falhou na cara de Valdez), o Barcelona marcou. Quando estavam decorridos 76 minutos e já com Larsson em campo, Eto'o, numa arrancada empolgante pela esquerda, entrou na área e, só com Almunia pela frente, rematou rasteiro ao primeiro poste para gaudio dos adeptos barcelonistas que já viam a Taça por um canudo.



Com a igualdade e com os jogadores do Arsenal completamente esgotados, era inevitável a pressão catalã até ao final da partida em busca do golo do título. Rijkaard havia lançado Beletti em detrimento de Oleguer ainda com o resultado adverso, isto com o intuito de dar mais amplitude ofensiva ao lado direito do ataque.
Se o Barcelona foi feliz na forma e no momento em que chegou à igualdade, que dizer das substituições efectuadas por Rijkaard. No golo da igualdade, foi Larsson a assistir Eto'o. Agora, inesperadamente, o lateral Beletti, que ficou fora do Mundial, foi o heroi do Barça já que, aos 81 minutos, marcou o golo que ficará para sempre na memória dos adeptos catalães.
Estava consomada a vitória na Champions, estava garantido o segundo título da história do clube.
Antes de terminar, gostaria de dar uma palavra de apreço para os jogadores do Arsenal que se exibiram de uma forma fantástica. Mereciam pelo menos o prolongamento. Jogando contra a Melhor Equipa do Mundo, os "gunners", mesmo com dez, bateram-se como Gigantes até as pernas não poderem mais. Não ganharam mas... valorizaram e muito o espectaculo e a vitória do Barcelona.


- Barcelona campeão 2005/2006