terça-feira, maio 30, 2006

Esta política dos jogos particulares...





Caros leitores, já deixei neste espaço inumeras observações que facilmente ilustram o meu descontentamento em relação ao seleccionador nacional. Não gosto da maneira de ser do brasileiro, da forma como trabalha na selecção onde literalmente quer, pode e manda, das suas escolhas, das suas não justificações em relação a outros jogadores não seleccionados como que a mostrar falta de argumentos nas suas opções e, mais recentemente, da sua incrivel implicância com Agostinho Oliveira em que, mais uma vez, denegriu a sua imagem já que Scolari, ao assumir-se como o chefe das selecções, não soube dar a cara depois da despedida dos "putos mimados" do Europeu. Contudo, não são estes assuntos que me fazem escrever este post.

O que realmente acho estranho são os jogos particulares da selecção nacional. Não pensem que, por discordar com a selecção destes jogos (já explico porquê) que pretendo arranjar mais uma situação para poder "bater" no Scolari. Nada disso. Apenas quero mostrar o meu ponto de vista em relação àqueles que deveriam, no meu entender, ser os critérios para os jogos particulares.

Assim sendo, gostaria, antes de mais, que analisássem o seguinte:

31 de Março de 2004

Portugal 1-2 Itália
(Nuno Valente)

Este foi o último particular contra uma equipa de topo Mundial. Desde aí, jogámos contra:

Suécia
Luxemburgo
Lituânia
Rep. Irlanda
Canadá
Egipto
Croácia
Irlanda do Norte
Arábia Saudita
Cabo Verde
Luxemburgo (será jogado)

Pergunto, com todo o respeito por estas equipas, será que são estas selecções que nos vão causar dificuldades num campeonato do Mundo?

Pergunto, é obvio que jogar contra Cabo Verde ou Arábia Saudita é importante já que vamos apanhar equipas similares na primeira fase.... e se passarmos? e se tivermos de jogar contra uma Argentina ou uma Holanda?

Os jogos de preparação só são importantes para jogar contra equipas que possam ser equivalentes às da primeira fase?

Não seria melhor fazer como o México que, em vez de querer ganhar por muitos ao Luxemburgo, prefere enfrentar equipas como a França ou a Holanda?

Não querendo arranjar polémicas, a verdade é que acho estes critérios, no mínimo, discutiveis. Aquela história do ganhar "meio a zero" contra Liechenstein ou Estónia, a conversa de não ter derrotas na fase de qualificação em que a equipa concorrente era a potente Eslováquia tem de acabar. Os sub-21, que fizeram um percurso imaculado na fase de qualificação contra as mesmas equipas dos AA, tiveram aquilo que todos vimos num grupo de verdade.
Se Portugal quer ser um grande, tem efectivamente de se bater com os grandes. Esta é a minha visão!

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