domingo, fevereiro 18, 2007

Bwin: Sporting perde dois pontos em Paços de Ferreira



"Não houve mão...houve (Pe)çanha"

PAÇOS FERREIRA 1-1 SPORTING



O Sporting não foi além de um empate a uma bola no sempre difícil terreno do Paços de Ferreira, equipa que, de resto, conseguiu "roubar" 5 pontos aos leões, pontos esses que, curiosamente, separam os leões dos dragões. O resultado acabou por agradar muito mais à equipa da casa do que propriamente à equipa de Paulo Bento que, valha a verdade, tudo fez para sair da capital do móvel com os três pontos na bagagem.

Analisando a partida, há duas notas que me parecem fundamentais para a história do jogo. Em primeiro lugar, dizer que o Paços de Ferreira bateu-se muito bem e tentou jogar para ganhar o jogo. Os laterais Antunes e Mangualde foram sempre muito ofensivos o que prova que a equipa de José Mota estava em campo também com objectivos bem definidos. O problema foi que, a meu ver, o Sporting realizou uma excelente exibição. Costuma dizer-se que as equipas pequenas jogam o que os "grandes" deixam jogar. Ora, o Sporting praticamente do primeiro ao último minuto não deixou o Paços jogar. Parece algo contraditória esta análise mas, a meu ver, foi o que se passou. Tivesse o Sporting estado a um nível inferior e, creio eu, não teria saído deste encontro com um ponto sequer.
O Sporting alinhou de inicio virado pura e simplesmente para o ataque. João Moutinho a fazer jogar a equipa voltou a ser o cérebro leonino; Nani jogou enormidades; Yannick Djaló apareceu mais a espaços mas causava alguns desequilibrios; na frente, Liedson e Bueno formaram a dupla de ataque, sendo que Liedson voltou a resolver e Bueno a não ajudar. Não foi por falta de unidades ofensivas que os leões não ganharam este jogo.
Saliência para um jogador que me parece ser fundamental na estrutura leonina. Miguel Veloso. É um fantástico jogador. Excelente leitura de jogo, magnifica cultura táctica, é um atleta que comete poucas faltas e tem uma classe brutal. Se a equipa leonina foi mais criativa, mais dinâmica e teve mais sentido de baliza, muito se deve a João Moutinho e, principalmente, a Miguel Veloso. Ver Veloso ou ver Custódio em campo é como presenciar a noite e o dia. Já o tinha referido e volto a referir, não percebo como é que Miguel Veloso, que até começou muito bem a época, passou tanto tempo no banco de suplentes. Curiosamente, coincidiu com o afastamento do Sporting da Liga dos Campeões e com a quebra dos leões no campeonato.

Incidindo-me mais no jogo, creio que o Sporting não ganhou por mera infelicidade. Apesar de uma excelente réplica do Paços, é obvio que o factor sorte teve muito peso neste encontro. Nada a dizer em relação à exibição do Sporting. Naturalmente que a única coisa que se pode apontar é a falta de eficácia. E aí, o Paços foi superior. Teve menos chances que os leões mas obteve a mesma eficácia. E, neste capítulo, o Sporting só se pode queixar de si próprio. Naturalmente que Paulo Bento também se pode queixar perante a estrondosa exibição de Peçanha, guarda-redes que, de resto, pauta pela regularidade.

Nota especial para os dois golos da partida. Liedson faz um golo monumental, isto depois de um passe de Veloso... à Guardiola. Por seu turno, Cristiano do Paços de Ferreira não quis ficar atrás e encheu o pé para um grande golo, sem hipóteses para Ricardo.

Em suma, bom espectáculo de futebol entre duas boas equipas. O resultado favoreceu mais o Paços, equipa que continua sem conhecer o sabor da derrota no seu reduto.
Já o Sporting, perdeu dois pontos na luta para o título, deixou de depender de si mesmo e pode ver o Benfica ascender ao segundo lugar da prova, isto se a equipa de Fernando Santos passar na Choupana.


1 comentário:

A MAGIA DO FUTEBOL disse...

Este era um teste muito importante que o Sporting tinha pela frente para podermos avaliar se a equipa tinha ou não estofo de campeão e deste ponto de vista, na minha opinião, chumbou. Chumbou porque não soube aproveitar as hipóteses de golo que foi acumulando ao longo do encontro. Chumbou porque na primeira vez que o Paços foi à nossa baliza marcou. Chumbou porque Caneira não matou a jogada como o devia ter feito, no lance do golo, e chumbou porque Paulo Bento errou. O Sporting estava em cima do adversário, estava mais próximo do 2 a 0 do que o Paços de Ferreira do empate e ao tirar Bueno e Yannick, que não estavam a fazer um bom jogo mas que pelo menos lutavam coisa que os seus substitutos não o fizeram, o Sporting decresceu de produção e o Paços encheu o peito de ar e veio para cima à procura do golo o que acabou por acontecer.