domingo, fevereiro 25, 2007

Liga Inglesa: Manchester vence em Londres com muita estrelinha!!



FULHAM 1-2 MAN UTD

"Pouco United mas... muito Ronaldo"



Feliz. Muito feliz a vitória do Manchester United em Londres frente a um sensacional Fulham que tudo fez para ganhar ao líder da competição. Foi, sem dúvida, um grande espectáculo de futebol, foi, mais uma vez, um grande dia para Cristiano Ronaldo, o melhor jogador em campo e decisivo para o desfecho final do encontro já que, entre outras coisas, marcou o segundo golo numa altura em que nada o fazia prever. E que golo!

"Grande entrada do Fulham"

A primeira parte começou com um enorme dominio do Fulham. Rápida sobre a bola e muito pressionante, a equipa londrina realizou 20 minutos de grande qualidade, o que lhe permitiu chegar com naturalidade ao golo por intermédio do norte-americano Mcbride após falha de comunicação entre Vidic e Van der Saar.
Baseando-se num meio-campo muito forte sob ponto de vista físico onde se destacavam Smertin e Diop e com uma curiosa vocação ofensiva em que Simon Davies era o principal dinamizador, o Fulham só surpreendia quem não estava a ver a partida.

"Reacção do United com Ronaldo e Giggs"

Diria que o Manchester United entrou apático no jogo e só quando se viu em situação de desvantagem é que mostrou alguma determinação e vontade em alterar o rumo dos acontecimentos.
Para este jogo, Alex Fergusson apresentou Wes Brown na lateral direita em detrimento de Gary Neville, um dos jogadores que, tal como havia escrito depois do jogo de Lens frente ao Lille, apresentava-se algo debilitado fisicamente. O internacional inglês já não é propriamente um jovem e, à semelhança de Scholes, Larsson ou Giggs, já não tem capacidade física para aguentar todos os minutos de todos os jogos.
O problema é que quando Sir Alex Fergusson se vê na obrigação ou, melhor dizendo, com vontade de apresentar/inventar uma equipa com jogadores diferentes do habitual, esta ressente-se automaticamente. Naturalmente que numa grande equipa alterar um jogador não deverá constituir motivo de preocupação mas o que é certo é que aquelas diagonais de Ronaldo em que abre espaço para as subidas de Neville não resultaram com Brown porque este não tem qualidade nem capacidade para desempenhar, com a mesma categoria, o papel do número dois inglês.
A reacção do United fez sentir-se quase sempre pela técnica e velocidade de Ronaldo. Quando o internacional português decidia arrancar "para cima" dos defesas do Fulham, o pânico instalava-se de imediato. A primeira grande oportunidade dos "red devils" saíu precisamente do pé direito do português. Ronaldo tirou o adaptado lateral esquerdo Rosenior do caminho e disparou forte e colocado ao lado da baliza de Lastuvka. Era o primeiro aviso do United que igualou o jogo quando estavam decorridos 29 minutos de jogo, diga-se, um grande golo de Ryan Giggs.
Ao intervalo, igualdade a um golo.

"Segundo tempo de grande qualidade do Fulham"

Na segunda parte, e à semelhança do que havia acontecido na primeira, o Fulham reentrou a todo o gás. Van der Saar assumiu-se, nos primeiros 25 minutos do segundo tempo, como o melhor jogador do United. Fez duas defesas impossíveis que permitiram ao United manter-se em jogo com um resultado que lhe permitia discutir os três pontos. Estou em crer que se o Fulham fizesse o segundo golo, o Manchester dificilmente venceria a partida pois, para além da desinspiração da grande maioria dos seus jogadores, a equipa fisicamente apresentava-se muito frágil perante a pujança física do adversário.

"Alex Fergusson no seu melhor..."

Vendo as coisas muito complicadas, Fergusson decidiu, como tão bem ele sabe, inventar. O jogo estava inclinado, o Fulham dominava e, para "ajudar à festa", o técnico dos "red devils" decidiu baralhar o sistema defensivo e abdicar da luta de meio-campo, sector claramente dominado pela equipa visitada. Passo a explicar. O treinador decidiu tirar Vidic e colocar O'Shea (exibição desastrosa) como lateral direito, permitindo a Brown jogar como central. Melhorias? sinceramente, nenhumas. Depois, como se não bastasse, Fergusson decidiu-se pela entrada de Silvestre (em queda e sem ritmo) para o lugar de Patrice Evra. O porquê? sinceramente, não sei e nem imagino. Finalmente, Saha também teve a sua oportunidade e entrou para o lugar de, imagine-se, Carrick, este, o único médio defensivo do United e aquele que, de certa forma, ia conseguindo travar algumas das iniciativas atacantes do adversário.
Assim, o Manchester passou a jogar com Van der Saar na baliza, O´Shea, Brown, Ferdinand e Silvestre (defesa nova durante um jogo!), Giggs(??) e Scholes como médios centro, Ronaldo e Rooney nas alas e, na frente, Larsson e Saha. A intensão era boa, ou seja, jogar para ganhar, a forma inconsciente para o conseguir é que deixou muito a desejar.

"Ronaldo, quem mais para resolver"

À passagem do minuto 88 chegou o MOMENTO DO JOGO. Os melhores do Mundo são aqueles que conseguem, como que do nada, resolver partidas. E hoje, Ronaldo resolveu. Hoje, Cristiano Ronaldo mostrou o que é literalmente dar três pontos a uma equipa que nada fez para o merecer. Mais do que tecer qualquer comentário, acho que "há imagens que valem mais do que mil palavras". O que o português fez numa fase final do jogo só está ao alcance dos predestinados. A forma brilhante como iniciou a jogada passando por Volz, um fantástico lateral direito de nacionalidade alemã que vai dar muito que falar no futebol mundial, é deveras sensacional.
E é assim que se vence uma partida, é assim que, de repente, torna o trabalho deficiente de um treinador num excelente trabalho já que, como sempre, os resultados é que contam.
No jogo mais difícil da época, segundo Fergusson, o Manchester passou e está mais perto do título.






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