segunda-feira, agosto 22, 2005

CABEÇADA NA MONOTONIA...



O FC Porto entrou a ganhar na Liga Portuguesa de futebol. Frente a uma adversário que subiu de escalão, o Estrela da Amadora, os azuis e brancos nunca conseguiram traduzir em golo a superioridade evidenciada, muito embora os visitantes tivessem criado alguns calafrios.
Foi um jogo agradável, muito por "culpa" do atrevimento do Estrela da Amadora, que nunca se negou a saír a jogar de uma forma construtiva, e que, em termos defensivos, esteve bastante bem. Os homens de António Conceição (Toni), entenderam na perfeição o esquema montado pelo treinador, encaixaram bem nas marcações, e tirando proveito da velocidade de Manu, espreitaram sempre com relativo perigo o contra-ataque. Por este ou aquele motivo, nunca conseguiram ter êxito, no entanto, a ideia que fica é que, a jogar desta forma e com esta atitude, esta equipa não terá grandes problemas em adquirir a manutenção.
Se o Estrela surpreendeu, o FC Porto também. Não era previsível que a equipa que viajou da Amadora se estendesse em campo de uma forma tão esclarecedora, nem tão pouco se estava à espera de futebol tão pouco claro dos vice-campeões nacionais.
Esperava-se muito mais clarividência ofensiva, mais futebol pelas alas, num típico 4-3-3 que por vezes até se tornava 3-4-3, por força do adiantamento do lateral esquerdo, César Peixoto, mas raras foram as vezes que isso aconteceu.
Co Adriaanse não estava agradado com o que estava a ver, e no início da segunda parte, deu ordens a César Peixoto para se fixar como extremo-esquerdo, derivando Lisandro López mais para o centro, juntando-se a Hélder Postiga. Com Sonkaya sobre o lado direito da defesa e Pedro Emanuel no centro, Ricardo Costa derivou ligeiramente para a lateral esquerda, ficando assim a jogar com 3 defesas.
Resultou, o FC Porto foi mais consistente a nível ofensivo, jogou definitivamente pelas alas, principalmente pela esquerda, e por via dessa insistência, chegou finalmente ao tão ansiado golo aos 57 minutos, por intermédio de Ricardo Costa.
César Peixoto bateu um canto sobre o lado direito, apareceu Lisandor López ao primeiro poste a cabecear, Bruno Vale defendeu para a barra, e na recarga, quem estava no sítio certo era Ricardo Costa que desviou fácil, também de cabeça para o único golo da noite no Dragão.
Justificava-se o golo, mesmo sem ser uma exibição de encher o olho, longe disso, mas perante o poder ofensivo azul e branco, o resultado estava certo.
A partir daqui, António Conceição mexeu na equipa, fazendo entrar dois atacantes, Igor e Semedo, na tentativa de dar novo ânimo ao ataque tricolor, mas sem grande sucesso. O Estrela ainda desceu duas ou três vezes à área contrária, mas, excepção feita a um cabeceamento de Maurício, nunca conseguiu incomodar verdadeiramente Vítor Baía.
João Vilas Boas, o árbitro de Braga esteve bem, merecendo nota positiva, se bem que cometeu um erro grave. Aos 65 minutos, Emerson teve uma entrada duríssima sobre Lucho González, merecedora de cartão vermelho directo, mas o brasileiro do Estrela só viu o amarelo. De resto, boa arbitragem do bracarense.


FICHA DE JOGO:



Estádio do Dragão, no Porto,

Árbitro: João Vilas Boas (Braga)

FC PORTO - Vítor Baía; Sonkaya, Ricardo Costa, Pedro Emanuel e César Peixoto; Raul Meireles (Ibson, 90 m), Diego e Lucho Gonzalez; Jorginho, Hélder Postiga (Alan, 75 m) e Lisandro Lopez (Hugo Almeida, 78 m).

ESTRELA DA AMADORA - Bruno Vale; Tony, Santamaria, Maurício e Eusébio; Emerson e Coutinho; Igor Sousa (Semedo, 60 m), Rui Duarte (Igor, 60 m) e Manu; Pedro Simões (Anselmo, 86 m).

Ao intervalo: 0-0

Golo: Ricardo Costa (56 m)

Resultado final: 1-0

Cartão amarelo a Pedro Simões, Jorginho, Coutinho, Emerson e Manu.

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