E pronto, já temos campeão. Nada que não se esperasse. O Porto foi, sem qualquer margem para dúvidas, a melhor equipa desde a primeira jornada. Não se pode falar numa época extraordinária do Porto até porque não nos podemos esquecer que houve objectivos falhados (Supertaça, Taça da Liga e até a Liga dos Campeões onde se esperava um pouco mais) mas não deixa de ser uma temporada conseguida até porque a nível de campeonato demonstrou uma qualidade futebolística e uma regularidade exibicional notável.
Se há equipas que valem essencialmente pelo seu todo, diria que o Porto, tendo um conjunto muito forte, explora ao máximo a qualidade das suas individualidades. Desde logo, salta à vista a qualidade de 5 elementos: Paulo Assunção pela consistência defensiva que trás à equipa; Bosingwa pela sua velocidade e pelo pulmão que facilmente lhe permite fazer todo o corredor direito da equipa, dando inclusivé a possibilidade a Jesualdo de abdicar de um puro extremo (um pouco à imagem do Real Madrid com Roberto Carlos e Zidane - o tal falso extremo -); Ricardo Quaresma pela fantasia e dimensão do seu futebol; Lisandro Lopez pelos golos que marcou, pela força que deu ao ataque portista, pela maneira como encarou todos os lances como se fossem os últimos; e, finalmente, Lucho Gonzalez que foi, para mim, o melhor jogador do Porto nesta temporada e é, seguramente, a estrela maior do futebol português na actualidade.
Tudo dito, o Porto foi melhor e está, naturalmente, de parabéns.
Sporting 2-0 Braga
Foi claramente melhor o resultado que a exibição mas, sinceramente, nesta altura do campeonato e com os jogos da Uefa pelo meio, é isso que mais interessa. Em jeito de comparação com o jogo do Benfica no Bessa, o Sporting terá feito menos que o seu rival para ganhar, terá tido um desgaste menor porque "tirou o pé" no segundo tempo, mas, no final, quem conquistou os três pontos foi o Sporting e não o Benfica.
Pelo exposto, diria que o objectivo foi cumprido, sendo que Paulo Bento terá inclusivamente anotado mais uma opção válida no seu bloco de notas. É que, Yannick Djaló mostrou estar num bom momento e poderá ser uma ajuda para atacar a defesa alta e musculada do Glasgow Rangers.
Boavista 0-0 Benfica
Muito sinceramente, foi o melhor Benfica que vi esta temporada. Gostei do losângo, gostei do pressing, gostei da incorporação dos laterais no ataque, enfim, só não fiquei satisfeito com o resultado, sendo que esse merecia ter sido a favor dos "encarnados" tal foi a produção atacante, nomeadamente no segundo tempo onde tivemos bolas na barra, cortes em cima da linha, defesas monumentais de Peter Jehle e até alguns lances polémicos que, objectivamente, prejudicaram os pupilos de Chalana.
Naturalmente que nem tudo foi bom no jogo do Bessa. Não posso deixar de me insurgir perante mais uma exibição horrível de Edcarlos. Aquele penalty feito sobre Mateus é qualquer coisa de inacreditável. Por acaso não prejudicou a equipa porque Quim foi feliz e defendeu a penalidade mas, em todo o caso, não deixo de registar mais uma péssima exibição deste autêntico flop.
Uma palavra também para Maxi Pereira. Vitor Paneira dizia que nada se podia apontar ao uruguaio uma vez que é daqueles que dá tudo em campo. Ora, nesse capítulo, não há a mais pequena dúvida. Maxi é um jogador muito esforçado e que corre até mais não. O problema é que Pereira tem muito pouco para dar. A sua qualidade futebolística deixa muito a desejar. Não é um jogador explosivo, não trás nada à equipa, não tem grande qualidade de passe, não tem capacidade de remate, enfim, aporta alguma qualidade ao meio-campo já que é útil a defender mas, para se jogar numa equipa como o Benfica, isso não chega.
Olhando para os aspectos positivos deste jogo, destacar desde logo as exibições de Cristian Rodriguez e Léo, os jogadores que, quanto a mim, estiveram mais em foco no jogo de ontem. Em relação ao uruguaio, já o tinha referido, é muito mais útil se jogar em zonas interiores do campo. É um jogador em que a sua mobilidade e versatilidade trazem muitos benefícios à equipa. O "cebola" esteve em todo o lado e foi fundamental na dinâmica ofensiva da equipa.
No que diz respeito aos internacionais portugueses, Rui Costa esteve mais apagado do que é costume, tendo tido menos influência na manobra ofensiva. Ainda assim, a espaços, mostrou toda a sua qualidade. Já Petit e Nuno Gomes parecem querer subir de forma de modo a poderem estar num melhor momento aquando do Europeu. Exibição francamente positiva para ambos. Relativamente a Quim, teve pouco que fazer mas foi determinante já que defendeu uma grande penalidade e revelou-se sempre atento sempre que os boavisteiros se aventuravam em acções ofensivas.
Saliência também para a entrada em campo de Di Maria. Se no principio da época tinha a ideia que o argentino poderia render mais numa posição um pouco ao estilo de Messi, confesso que, com o passar do tempo, fui mudando a opinião. Di Maria rende claramente mais na esquerda já que retira maiores benefícios do seu pé esquerdo. Rendeu Maxi Pereira a meio da segunda parte e foi, também ele, um dos responsáveis para o grande segundo tempo encarnado.
Em jeito de conclusão, continua tudo em aberto em relação ao segundo lugar. O Sporting está mais perto de Benfica e Guimarães e tem a vantagem de ter um calendário mais acessível no plano teórico. As próximas jornadas prometem ser escaldantes.
Se há equipas que valem essencialmente pelo seu todo, diria que o Porto, tendo um conjunto muito forte, explora ao máximo a qualidade das suas individualidades. Desde logo, salta à vista a qualidade de 5 elementos: Paulo Assunção pela consistência defensiva que trás à equipa; Bosingwa pela sua velocidade e pelo pulmão que facilmente lhe permite fazer todo o corredor direito da equipa, dando inclusivé a possibilidade a Jesualdo de abdicar de um puro extremo (um pouco à imagem do Real Madrid com Roberto Carlos e Zidane - o tal falso extremo -); Ricardo Quaresma pela fantasia e dimensão do seu futebol; Lisandro Lopez pelos golos que marcou, pela força que deu ao ataque portista, pela maneira como encarou todos os lances como se fossem os últimos; e, finalmente, Lucho Gonzalez que foi, para mim, o melhor jogador do Porto nesta temporada e é, seguramente, a estrela maior do futebol português na actualidade.
Tudo dito, o Porto foi melhor e está, naturalmente, de parabéns.
Sporting 2-0 Braga
Foi claramente melhor o resultado que a exibição mas, sinceramente, nesta altura do campeonato e com os jogos da Uefa pelo meio, é isso que mais interessa. Em jeito de comparação com o jogo do Benfica no Bessa, o Sporting terá feito menos que o seu rival para ganhar, terá tido um desgaste menor porque "tirou o pé" no segundo tempo, mas, no final, quem conquistou os três pontos foi o Sporting e não o Benfica.
Pelo exposto, diria que o objectivo foi cumprido, sendo que Paulo Bento terá inclusivamente anotado mais uma opção válida no seu bloco de notas. É que, Yannick Djaló mostrou estar num bom momento e poderá ser uma ajuda para atacar a defesa alta e musculada do Glasgow Rangers.
Boavista 0-0 Benfica
Muito sinceramente, foi o melhor Benfica que vi esta temporada. Gostei do losângo, gostei do pressing, gostei da incorporação dos laterais no ataque, enfim, só não fiquei satisfeito com o resultado, sendo que esse merecia ter sido a favor dos "encarnados" tal foi a produção atacante, nomeadamente no segundo tempo onde tivemos bolas na barra, cortes em cima da linha, defesas monumentais de Peter Jehle e até alguns lances polémicos que, objectivamente, prejudicaram os pupilos de Chalana.
Naturalmente que nem tudo foi bom no jogo do Bessa. Não posso deixar de me insurgir perante mais uma exibição horrível de Edcarlos. Aquele penalty feito sobre Mateus é qualquer coisa de inacreditável. Por acaso não prejudicou a equipa porque Quim foi feliz e defendeu a penalidade mas, em todo o caso, não deixo de registar mais uma péssima exibição deste autêntico flop.
Uma palavra também para Maxi Pereira. Vitor Paneira dizia que nada se podia apontar ao uruguaio uma vez que é daqueles que dá tudo em campo. Ora, nesse capítulo, não há a mais pequena dúvida. Maxi é um jogador muito esforçado e que corre até mais não. O problema é que Pereira tem muito pouco para dar. A sua qualidade futebolística deixa muito a desejar. Não é um jogador explosivo, não trás nada à equipa, não tem grande qualidade de passe, não tem capacidade de remate, enfim, aporta alguma qualidade ao meio-campo já que é útil a defender mas, para se jogar numa equipa como o Benfica, isso não chega.
Olhando para os aspectos positivos deste jogo, destacar desde logo as exibições de Cristian Rodriguez e Léo, os jogadores que, quanto a mim, estiveram mais em foco no jogo de ontem. Em relação ao uruguaio, já o tinha referido, é muito mais útil se jogar em zonas interiores do campo. É um jogador em que a sua mobilidade e versatilidade trazem muitos benefícios à equipa. O "cebola" esteve em todo o lado e foi fundamental na dinâmica ofensiva da equipa.
No que diz respeito aos internacionais portugueses, Rui Costa esteve mais apagado do que é costume, tendo tido menos influência na manobra ofensiva. Ainda assim, a espaços, mostrou toda a sua qualidade. Já Petit e Nuno Gomes parecem querer subir de forma de modo a poderem estar num melhor momento aquando do Europeu. Exibição francamente positiva para ambos. Relativamente a Quim, teve pouco que fazer mas foi determinante já que defendeu uma grande penalidade e revelou-se sempre atento sempre que os boavisteiros se aventuravam em acções ofensivas.
Saliência também para a entrada em campo de Di Maria. Se no principio da época tinha a ideia que o argentino poderia render mais numa posição um pouco ao estilo de Messi, confesso que, com o passar do tempo, fui mudando a opinião. Di Maria rende claramente mais na esquerda já que retira maiores benefícios do seu pé esquerdo. Rendeu Maxi Pereira a meio da segunda parte e foi, também ele, um dos responsáveis para o grande segundo tempo encarnado.
Em jeito de conclusão, continua tudo em aberto em relação ao segundo lugar. O Sporting está mais perto de Benfica e Guimarães e tem a vantagem de ter um calendário mais acessível no plano teórico. As próximas jornadas prometem ser escaldantes.
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