quinta-feira, abril 17, 2008

UMA QUESTÃO DE MENTALIDADE

Sporting 5-3 Benfica



Grande derby que tivemos oportunidade de assistir. Com 8 golos, reviravoltas no marcador e emoção até bem perto do fim da partida, era difícil pedir melhor. Acabou por ser mais feliz o clube da casa, o Sporting, equipa que, no meu entender, fez mais para lograr a passagem à final da Taça.

Sem querer entrar pela análise de cada jogada e de cada golo, pretendia sim destacar alguns aspectos positivos e negativos de ambas as equipas:

SPORTING

POSITIVO:

1. Paulo Bento - A segunda parte extraordinária do Sporting tem um pai: Paulo Bento. O jovem treinador português conseguiu passar a mensagem ao intervalo e o que é certo é que os jogadores leoninos apareceram na etapa complementar com uma monumental revolta interior. Com garra, humildade e muita determinação, conseguiram virar um derby que parecia completamente perdido.
A tudo isto, acrescentar ainda as substituições de pendor ofensivo que fizeram a diferença.

2. Derlei - A entrada de Derlei foi fundamental para aquilo que se passou nos últimos 20 minutos do jogo. Para além do golo que marcou, a sua garra e a sua experiência foi fundamental para uma melhor fluência do jogo ofensivo do Sporting. Além disso, com a sua entrada em campo, Yannick Djaló recuou no terreno, alteração que veio a revelar frutos.

3. Público - Numa grande noite de futebol, nada melhor que ter uma grande massa associativa a apoiar. Posso garantir-vos que os adeptos leoninos tiveram grande influência para a reviravolta no marcador. Foram incansáveis no apoio à equipa, sobretudo nos maus momentos. Fantástico de se ver e de se ouvir...

NEGATIVO:

1. Mentalidade - Já não é a primeira vez que vemos o Sporting a dar 45 minutos de avanço aos seus adversários. Obviamente que, neste caso, há mérito do Benfica mas, ainda assim, é difícil perceber o porquê de tanto receio em assumir as rédeas do jogo. Desta vez houve tempo e alma para virar a partida mas, como é sabido, nem sempre tem sido assim.

2. Losângo - Com a ausência de Polga e as debilidades físicas de Gladstone, Paulo Bento fez recuar Miguel Veloso para o centro da defesa, lançando o jovem Adrien para a posição de trinco. Izmailov também estava algo debilitado o que fez com que Vukcevic assumisse o lado esquerdo do losango. Ora, diga-se de passagem que Adrien, Moutinho, Vuk e Romagnoli não funcionaram. Adrien mostrou-se algo perdido em campo; Moutinho mostrava-se esforçado mas com pouca bola; Vukcevic, pelo facto de andar a jogar em zonas mais ofensivas, nunca conseguiu estabilizar o seu futebol; e Romagnoli, que deveria ser o elo de ligação com o ataque, foi talvez a unidade mais apagada em todo o primeiro tempo e porventura o maior responsável pela fraca apetência atacante da sua equipa.
Com Moutinho a "6", Vukcevic e Izmailov como interiores e Yannick no apoio a Derlei e Liedson, tudo foi diferente.

BENFICA

POSITIVO:

1. Grande primeira parte - Não há dúvida que o Benfica fez uma enorme primeira parte em Alvalade. Teve mais bola, controlou o meio-campo, conseguiu explorar as laterais com Nélson e principalmente Léo em constantes subidas e fez dois golos no campo do adversário, algo que é sempre complicado de fazer.

2. Efeito Di Maria - Chalana apresentou uma surpresa para este jogo com Di Maria no lugar de Oscar Cardozo. No fundo, o técnico encarnado pretendia ganhar mais velocidade e maior poder de contra-ataque em detrimento de força e estatura ofensiva. A alteração acabou por revelar-se acertada já que Di Maria foi decisivo na forma como, praticamente sozinho, confundiu os dois centrais leoninos e até os laterais que, por vezes, não sabiam quem marcar. Grande exibição do argentino na posição onde fez praticamente todos os jogos no MUNDIAL SUB-20. É que, beneficiando da lesão de Mauro Zarate, Di Maria actuou quase sempre ao lado de Kun Aguero na frente de ataque dos argentinos.

NEGATIVO:

1. Péssima segunda parte - Sofrer 5 golos em apenas 30 minutos é algo inexplicável, mesmo se tivermos em linha de conta que do outro lado não está uma equipa qualquer. Há vários motivos que podem ajudar a explicar este pesadelo que o Benfica viveu na etapa complementar: mérito do Sporting; falta de ambição de Chalana nas substituições; recuo excessivo no terreno procurando segurar o resultado em vez de o tentar sentenciar; falta de pernas em jogadores chave (Petit, Rui Costa, Rodriguez e o próprio Di Maria). Creio que neste ponto está tudo dito e estão apresentados os motivos pelo qual o Benfica não conseguiu chegar ao Jamor.


2 comentários:

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