quarta-feira, outubro 19, 2005

BOMBA DE MANEL QUASE AFUNDA SUBMARINO





O Benfica empatou a uma bola com os espanhóis do Villarreal, num jogo onde o ponto conquistado pode vir a ser muito importante nas contas da qualificação para a fase seguinte da Liga dos Campeões.
Os encarnados, à imagem do que já tinham feito no passado sábado, no Dragão, demonstraram uma grande atitude, e realizaram uma exibição bastante personalizada.
Durante a primeira parte, foram os comandados de Ronald Koeman que mandaram no jogo, perante um adversário que ficou algo surpreendido com a maneira como o Benfica se apresentou no El Madrigal.
Com o passar dos minutos, e com maior tempo de posse de bola, os encarnados iam construíndo algumas oportunidades de golo, ora por penetrações na área, ora através de cruzamentos ou até mesmo com remates de fora da área.
Os espanhóis só através de jogo directo conseguiram chegar à baliza de Quim, primeiro, e Rui Nereu, depois, isto porque, o jovem guardião da equipa B encarnada teve que entrar no terreno de jogo à passagem do minuto 29, fruto da lesão de Quim, que o impediu de prosseguir a partida.
E que bem entrou o jovem guardião encarnado! Quando muita gente podia pensar que a estreia, logo num jogo tão importante como este da Liga dos Campeões, poderia ser perigosa, Rui Nereu respondeu com um punhado de boas intervenções, sendo que duas delas foram mesmo espectaculares.
Ao intervalo registava-se o nulo no marcador, e para a segunda parte houve alterações.
Principalmente mudanças tácticas operadas pelos treinadores.
O técnico chileno ao serviço do Villarreal viu os seus jogadores pegarem no jogo, assumindo a partida com mais tempo de posse de bola, e criar mais oportunidades de golo, enquanto que a estratégia de Ronald Koeman passava, precisamente, por dar iniciativa de jogo ao adversário, para depois poder explorar o contra-ataque.
E com maior poderio ofensivo, os espanhóis conseguiram chegar ao golo através de uma grande penalidade algo duvidosa cometida por Ricardo Rocha sobre Sorín. O árbitro alemão entendeu que havia motivo para assinalar o castigo máximo e, Riquelme, especialista na matéria, não desperdiçou.
Faltavam cerca de 20 minutos para o final da partida, e o Benfica, com garra e personalidade, pegou outra vez no jogo, partiu para cima do adversário, e 5 minutos depois chegou à igualdade com um golo simplesmente soberbo de Manuel Fernandes. O jovem médio encarnado, sem deixar cair a bola, desferiu um forte remate de fora da área, e aproveitando o facto do guardião Viera estar ligeiramente adiantado, conseguiu um belíssimo golo.
Até final da partida, destaque ainda para uma boa oportunidade desperdiçada por Nuno Gomes, que ao tentar fazer o chapéu ao guardião contrário, bateu mal na bola, e esta saiu à figura de Viera.
O empate acaba por ser um resultado que se aceita, e o Benfica pode ter conquistado um ponto fundamental nas contas do apuramento.
Florian Meyer, árbitro alemão que dirigiu o encontro, ficará ligado à história do jogo, visto que assinalou o tal penalty contra o Benfica, que, quanto a nós, foi bastante duvidoso.



FICHA DE JOGO:


LIGA DOS CAMPEÕES
Grupo D (3ª jornada)

VILLARREAL - BENFICA

Estádio El Madrigal, em Villarreal

Árbitro: Florian Meyer (Alemanha)


VILLARREAL
Viera, Kronkamp, Gonzalo, Arzo, Arruabarrena, Cazorla, Tacchinardi, Sorin, Riquelme, Forlan e José Mari.

Suplentes: Barbosa, Josico, Figueroa, Roger, Font, Javi Venta e Valência.

Treinador: Manuel Pellegrini.

BENFICA
Quim, Nélson, Luisão, Anderson, Ricardo Rocha, Karagounis, Petirt, Manuel Fernandes, Geovanni, Nuno Gomes e Simão.

Suplentes: Rui Nereu, Léo, Carlitos, Mantorras, Beto, Karyaka e João Pereira.

Treinador: Ronald Koeman.

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