CINISMO E CLASSE NA GOLEADA ARGENTINA FRENTE AO MEXICO
México 0-3 Argentina 
(Heinze, Messi e Riquelme g.p)
A Argentina goleou o México por três bolas a zero e confirmou o seu estatuto de grande favorita à conquista final da Copa América. No primeiro grande teste de fogo, a selecção alviceleste confirmou o seu bom momento e derrotou uma selecção mexicana que, apesar do resultado, mostrou ser uma boa equipa, contendo jovens valores que certamente darão que falar no futuro.
ARGENTINA FELIZ NO PRIMEIRO TEMPO...
No primeiro tempo tivemos um jogo muito equilibrado e nem sempre bem jogado. Ambas as equipas estavam receosas uma da outra e, como tal, o espectáculo não foi o melhor. Tivemos um jogo muito mastigado a meio-campo e com muitas faltas. Lionel Messi, Riquelme e Tevez foram sempre bem vigiados por parte dos mexicanos enquanto que Nery Castillo também mereceu atenção especial dos defesas argentinos. Ora, neste sentido, ambas as equipas tiveram muitas dificuldades em fazer o seu futebol e em chegar perto da baliza do adversário.
Neste primeiro tempo, tivemos duas ocasiões de golo, uma para cada lado, e, através de um lance de bola parada, o primeiro golo da Argentina. Vamos por partes. Numa das poucas jogadas de ataque dos argentinos, Tevez combinou bem com Riquelme e, frente a Sanchez, não conseguiu introduzir a bola no fundo das redes. Mérito para o keeper mexicano que, muito atento, reduziu o angulo ao futuro jogador do Man Utd e defendeu o remate deste.
Sempre disposto a ameaçar a Argentina, o México procurou jogar no campo todo e chegou mesmo a ter a grande oportunidade desta primeira parte. José Guardado, extremo esquerdo que está a caminho do Deportivo da Corunha, tirou dois defesas do caminho e, perante Abbondazieri, enviou a bola ao poste. Momento de grande felicidade para a selecção treinada por Basile que, para além de não ter sofrido o primeiro golo do jogo, pouco tempo depois, numa jogada aparentemente inofensiva, logrou chegar à vantagem.
Foi precisamente aos 44 minutos do primeiro tempo que chegou o golo argentino. Riquelme bateu um livre na zona intermediária do campo e ao segundo poste, com uma incrivel colaboração de Oswaldo Sanchez, apareceu Gabi Heinze a desviar para o primeiro do jogo. Mérito para o lateral do United que acreditou no lance mas, há que dizê-lo, Sanchez foi o grande responsável pelo sucedido.
Ao intervalo, a Argentina encontrava-se em vantagem, muito embora o empate fosse o resultado mais justo.
ARGENTINA DEMOLIDORA QUANDO ESTÁ EM VANTAGEM...
Na etapa complementar, a história do jogo foi completamente diferente. Curiosamente, o México até foi a primeira equipa a criar perigo. Mais uma vez, a sorte sorriu aos argentinos já que Nery Castillo, isolando-se pela direita, efectuou um remate cruzado com o seu pior pé, tendo a bola caprichosamente embatido na barra. Era, sem dúvida, um momento que poderia ter alterado o jogo. Assim não aconteceu e, a partir desse momento, não mais tivemos México em campo.
Com uma grande qualidade de passe e uma tremenda rapidez de execução, a Argentina assumiu o comando da partida e partiu para uma segunda parte de grande nível.
Aos 60 minutos aconteceu o momento do jogo. Tevez lançou Messi na direita e o jovem jogador do Barcelona, ao ver Sanchez ligeiramente adiantado, fez-lhe um chapéu fabuloso e colocou a Argentina numa confortável vantagem. Grande golo daquele que foi, a par de Mascherano, o melhor jogador em campo.
Cinco minutos depois, se duvidas houvesse, Riquelme, na transformação de uma grande penalidade de pura classe, desfê-las por completo.
Com a Argentina dona e senhor do jogo, o México limitou-se a ver jogar e a deliciar-se com alguns pormenores fabulosos do meio-campo alviceleste. Nesse sentido, mais golos poderiam ter aparecido. Recordo-me de perdidas de Riquelme, Messi ou até Rodrigo Palácio.
O placar acabou mesmo por ficar pelos três golos de diferença, resultado que faz com que a Argentina jogue muito moralizada frente ao seu eterno rival, o Brasil claro está.
O MOMENTO DO JOGO:
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