GOLAÇO DE LEANDRO LIMA NÃO CHEGOU...
Brasil 2-4* Espanha
*após prolongamento
Extraordinário jogo de futebol entre duas selecções viradas totalmente para o ataque. Acabou por vencer a Espanha porque funcionou melhor como conjunto e porque foi efectivamente superior ao seu adversário em maiores periodos do jogo. Diria até que o Brasil foi feliz por ter chegado ao prolongamento pois os espanhois tiveram duas flagrantes ocasiões que podiam ter ditado o afastamento do escrete mais cedo.
Mais Brasil no primeiro tempo...
O Brasil foi de facto melhor nos primeiros 45 minutos e foi nesse período que marcou os seus dois golos. Sim, é verdade. O Brasil esteve a ganhar por 2-0 graças aos golos de Leandro Lima e Alexandre Pato. O reforço do Porto "matou" no peito e, de moinho, fez um golo fabuloso. Foi o seu momento positivo na partida. Leandro Lima esteve muito ausente do jogo e acabou mesmo por ser expulso já no prolongamento.
Em desvantagem, a Espanha não abanou e rapidamente procurou inverter a situação. Se é certo que o Brasil estava a ser superior, a diferença de dois golos revelava-se algo injusta para aquilo que as duas equipas tinham feito.
Antes do intervalo, num lance de bola parada, a Espanha reduziu e recolocou-se no jogo. O central do Man Utd Piqué fez de forma duvidosa o golo e, com isso, trouxe a incerteza no resultado.
Capel e Javi Garcia mostraram a fúria espanhola...
No segundo tempo e no prolongamento, tivemos um fantástico jogo. A bola estava quase sempre em jogo, os remates eram constantes, o perigo pairava quase sempre numa e noutra baliza. Caros leitores, isto é tudo muito bonito mas efectivamente uma selecção como o Brasil não pode cometer os erros que cometeu. Alguém tem de ensinar estes miudos que é importante atacar mas também é importante saber defender. E isso, na minha opinião, o Brasil não o sabe fazer. Aliás, basta olhar para os outros jogos e veremos que o Brasil, em todos eles, sofreu golos. Atacar com os dois laterais ao mesmo tempo, incorporar sistematicamente um dos dois defesas centrais não é benéfico para uma selecção que pretende ser campeã do Mundo. Recordo-me, por exemplo, de no último minuto do tempo regulamentar, com o jogo em 2-2, ver Luizão, o central, a tirar um cruzamento na ala direita. Ora, foi por essa e por outras que tivemos duas ocasiões flagrantes de golo da Espanha já em período de compensação que podiam ter eliminado desde logo o escrete.
Importa dizer que a Espanha, apesar de muito trabalhar e muito ter jogado (Capel foi a grande figura), só conseguiu chegar ao 2-2 quando o relógio marcava 84 minutos de jogo. Javi Garcia, grande patrão no meio-campo, foi o marcador de serviço.
No prolongamento, vimos uma equipa de um lado e um conjunto de malabaristas de outro.
Aos 102 minutos, a Espanha efectuou a remontada e, com um golo de Bueno, colocou-se pela primeira vez em vantagem. Na sequência do lance, Leandro Lima foi expulso e prejudicou a sua equipa.
Até final, vimos um jogo completamente partido. O Brasil, já sem forças e ainda menos organizado, foi literalmente todo para a frente em busca do golo da igualdade. Pois bem, a Espanha, com toda a experiência que já tem, defendeu bem e em contra-ataque dispôs de inumeras ocasiões para chegar ao quarto, ao quinto e até ao sexto. Tivemos bolas no poste, excelentes defesas de Cássio e excesso de confiança dos atacantes espanhois que ficavam surpreendidos com tanta facilidade.
O Brasil não conseguiu criar situações de perigo na segunda parte do prolongamento e acabou mesmo por sofrer o 4-2 já bem perto do final. Adrian Lopez, mais uma excelente exibição, fez de forma tranquila o golo que carimbou a passagem mais que justa da Espanha à próxima fase.
Caíu o Brasil, que venha rapidamente David Luiz...
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