TANTO ROBINHO PARA TÃO POUCO BRASIL!
BRASIL 3-0 CHILE
Fraca, muito fraca a exibição do Brasil frente ao Chile, isto apesar do resultado dar a entender que a selecção canarinha jogou muito futebol e venceu facilmente o seu adversário. Pois bem, não foi nada disso que se passou. O Brasil demonstrou mais uma vez ser um conjunto de artistas que trata muito bem a bola mas que não joga com espírito colectivo. Ontem, frente a um Chile que mais uma vez mostrou duas faces (outra vez melhor a da segunda parte), a selecção brasileira conseguiu o triunfo graças à inspiração de Robinho que termina a época em grande forma. Já na jornada inaugural havia sido (de longe!) a melhor unidade da equipa e, ontem, voltou a mostrar toda a sua capacidade técnica ao marcar os três golos com que o Brasil venceu o Chile.
No Brasil, tivemos Anderson de ínicio no lugar de Diego que foi castigado por Dunga pelo facto de ter feito uma primeira parte miserável diante do México, o que, de resto, lhe valeu a substituição ao intervalo. O problema foi que o jovem prodígio recentemente contratado pelo Man Utd não justificou a titularidade acabando por também ele ser substítuido no final dos primeiros 45 minutos.
Já o Chile, apresentou-se de maneira muito defensiva o que lhe valeu uma total ausência de oportunidades no primeiro tempo. Humberto Suazo, mais uma vez em grande nível, foi, na primeira parte, uma unidade muito sozinha no ataque chileno, isto apesar de mostrar sempre uma enorme vontade em mostrar serviço.
Se disser que o primeiro tempo se resume a uma grande penalidade cometida sobre Vagner Love que deu aso ao primeiro golo do jogo, não andarei muito longe daquilo que se passou nos 45 minutos iniciais.
No segundo tempo, o Chile mudou a estratégia, fez entrar mais um avançado e passou a jogar num 3-5-2. O Brasil, se já estava mal no primeiro período, no segundo tempo exibiu-se ainda de forma mais cinzenta, isto pelo menos até ao segundo golo já na fase final da partida.
Sempre com Suazo em destaque, o Chile criou uma ou outra ocasião de perigo e até justificou o empate a dada altura. Já o Brasil, completamente encostado às cordas, defendia o triunfo como podia e entregava o seu ataque unica e exclusivamente a um jogador: Robinho, pois claro. Vagner Love estava perdido no campo, Julio Baptista, que entrara ao intervalo, nem se via e Elano era uma autêntica nulidade.
O problema é que quem tem jogadores com este talento arrisca-se a marcar a qualquer momento. Ora, Robinho, em duas jogadas fabulosas, fez a diferença e colocou o marcador em impensáveis 3-0. É caso para dizer que o guarda-redes Bravo deu nome à exibição do avançado do Real Madrid.
Com este triunfo, o Brasil coloca-se na 2ª posição do grupo a par do Chile com 3 pontos.
MELHOR DO BRASIL: Robinho
MELHOR DO CHILE: Humberto Suazo
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