quarta-feira, maio 04, 2005

Liga dos Campeões: Liverpool eficaz elimina Chelsea



LIVERPOOL 1-0 CHELSEA
(Luis Garcia)

O Chelsea foi esta terça-feira eliminado da Champions. Depois de um empate caseiro sem golos na primeira mão, José Mourinho e os seus pupilos entravam para este jogo com a moral extremamente alta depois da vitória em Bolton e a consequente conquista da liga inglesa.

DUELO IBÉRICO



Como é de conhecimento público, já não há equipas espanholas nas competições europeias. Depois de Valência, Deportivo da Coruña, Real Madrid e Barcelona terem dito adeus à liga milionária, apenas restava Rafa Benitez. O técnico espanhol que, curiosamente, não tem sido muito feliz no campeonato, conseguiu colocar mais uma vez a equipa de Everton na final da Liga dos Campeões. Confesso que sou um grande admirador do trabalho deste treinador e mais mérito lhe atribuo por ter conseguido levar de vencida o melhor treinador do Mundo. Se Mourinho é um estudioso nato da táctica, da maneira de jogar das equipas contrárias, Rafa Benitez não lhe fica nada atrás. Curiosamente, o Chelsea foi batido pelos métodos que utiliza para "alvejar" os seus opositores: solidez defensiva e grande eficácia no ataque. O Liverpool não fez um grande jogo em termos ofensivos já que explorava timidamente o ataque, mas, a nível defensivo teve pura e simplesmente brilhante e tal feito deve-se príncipalmente ao espanhol que preparou este jogo ao pormenor.

O JOGO

Não foi daqueles jogos com grandes oportunidades de golo e emoção nas duas balizas mas foi sem dúvida um bom espectáculo de futebol com duas grandes equipas e dois grandes treinadores. Talvez pelo facto dos treinadores conhecerem os seus opositores como ninguém (recorde-se que já jogaram entre eles 5 vezes esta época), assistiu-se a um encontro muito táctico em que as marcações eram muito cerradas, não havendo espaço para grandes rasgos individuais.
Os dois treinadores apresentaram poucas alterações em relação ao jogo da primeira mão. Rafa Benítez escalou Dietmar Hamann para o lugar do espanhol Xabi Alonso - a cumprir castigo. Mourinho, por seu turno, apresentou o camaronês Njitap Geremi como lateral-direito, no lugar de Glen Johnson. A ausência de Damien Duff por lesão e a falta de ritmo de Robben que o levou a ser suplente fizeram notar-se neste encontro mas, ainda assim, o Chelsea apresentava uma equipa bastante equilibrada e capaz de marcar golos.
O jogo começou praticamente com o golo dos Reds por Luis Garcia. O ambiente em Anfield Road, se já era muito bom, passou a ser estrondoso. A partir daqui, o jogo teria naturalmente de ser outro, ou seja, a equipa do Liverpool não tinha a obrigação de atacar continuadamente e, pelo contrário, o Chelsea teria obrigatoriamente de marcar para colocar a eliminatória do seu lado.
A primeira parte foi de maior dominio do Chelsea mas sem ocasiões de golo. O guarda-redes Dudek nunca foi posto à prova e por isso a equipa de Liverpool controlou sempre as operações.
Na etapa complementar, a toada de jogo manteve-se. O Chelsea continuou a centralizar bastante os seus movimentos ofensivos. Os reds defendiam bem e anulavam os jogadores mais influentes do Chelsea: Lampard, Cole e Drogba.
A primeira grande oportunidade de golo surgiu apenas aos 21 minutos da segunda parte, com Frank Lampard, na cobrança de um livre directo, a proporcionar uma grande intervenção a Dudek.
Nos últimos 20/25 minutos, foi a vez dos treinadores entrarem em acção. Benitez lançou Cissé e Kewell no sentido de sair rápido em contra-ataque e explorar o adiantamento da equipa londrina. Por seu turno, Mourinho colocou Robben e Kezman nos lugares de Tiago e Cole. Mais tarde, o Português fez entrar Huth para ponta de lança em desepero. Diga-se que as substituições em nada melhoraram o jogo do Chelsea.
O tempo passou, passou e o Chelsea não marcou. Mesmo nos instantes finais, Gudjhonsen podia ter feito o golo naquela que foi a melhor oportunidade dos "Blues". O islandês esteve a um pequeno passo de repetir a história que Mourinho viveu o ano passado aquando do golo de Costinha ao cair do pano em Manchester. Tal não se verificou e o Liverpool acabou mesmo por fazer a festa e seguir para Istambul.
O Chelsea caíu mas caíu de pé!


Luis Garcia resolveu...

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