segunda-feira, maio 30, 2005

SETÚBAL VENCE TAÇA DE PORTUGAL

BENFICA 1-2 VITÓRIA DE SETÚBAL
(Simão(g.p); Manuel José e Meyong)



O Vitória de Setúbal conquistou este Domingo a terceira taça de Portugal da sua história. Foi, diga-se, um justo vencedor! Parabéns Vitória, parabéns à sua massa associativa que mostrou ser das melhores que existe por este Portugal fora. Foi impressionante ver a festa que os adeptos vitorianos fizeram dentro do Jamor, não só depois do apito final do árbitro mas também durante todo o encontro.
Confesso que não vivi este encontro com a emoção e com o sofrimento que qualquer adepto encarnado deveria sentir depois dos acontecimentos do fim-de-semana passado. Talvez por ter sido um Domingo e, portanto, um dia posterior a um Sábado cansativo, talvez por termos ganho o campeonato esta taça seria, a meu ver, secundária; talvez também por o adversário em questão não ser um "colosso" do nosso futebol, não sei, a verdade é que o espírito com que vivi e encarei o jogo foi diferente. Provavelmente, os jogadores também não puxaram por mim - nem por mim nem por ninguém -

Sinceramente, acho que ganhou aquele que foi menos mau. Se é bem verdade que o Setúbal não tem o poderio do Benfica, se é certo que a equipa do Sado não tem a obrigação de atacar continuadamente e de dar espectáculo, o que é certo é que o jogo foi de uma pobreza franciscana não por culpa do Benfica mas por culpa das duas equipas que não jogaram para ganhar. Não quero com isto retirar o mérito ao Vitória de Setúbal porque, na minha opinião, foi a única equipa que procurou aqui e ali fazer qualquer coisa para abanar o jogo mas, muito francamente, esperava mais das duas equipas.

O JOGO



Relativamente ao encontro, creio que há muito pouco a dizer porque, na verdade, o jogo não teve grandes motivos de interesse.
O Benfica entrou a ganhar com um golo de Simão de penalty. Se o clima já era de festa e de descompresão, com uma vantagem adquirida logo nos instantes iniciais da partida, os encarnados ainda relaxaram mais. O primeiro problema que era visivel nos jogadores do Benfica era a falta de respeito pelos jogadores do vitória. Pensamentos como "está no papo" ou "já é nossa" certamente vieram à cabeça dos jogadores encarnados.
O Vitória, que entrara a perder no encontro, foi, e muito bem, em busca da igualdade. Dominou o jogo, teve mais posse de bola e jogou durante mais tempo no meio campo adversário. Foi com toda a justiça que chegou à igualdade por intermédio de Manuel José após remate cruzado com contribuição de Ricardo Rocha.
Ora, após o golo da igualdade, o Benfica continuou rigorosamente a jogar da mesma maneira, ou seja, devagar e com passes longos qual equipa da distrital. No entanto, com o golo do empate, o Setúbal também desapareceu do encontro. Mostrou-se satisfeito com a igualdade e mostrou um respeito em demasia em relação ao seu adversário.
O jogo continuou nesta toada até ao golo de Meyong já na segunda parte. Foi, quer para os benfiquistas, quer para os Setubalenses, um golo totalmente inesperado já que a monotonia do encontro não fazia prever qualquer golo. Devo dizer que em tantos jogos que já tive oportunidade de assistir ao vivo, não me lembro de bocejar como o fiz neste encontro.
Mais uma vez, só com o golo sofrido é que o banco do Benfica reagiu fazendo entrar Mantorras e Delibasic para os lugares de Nuno Assis e Nuno Gomes... risco ZERO portanto. As alterações nada trouxeram de novo ao encontro e, por isso mesmo, o Setúbal ganhou a taça de Portugal!!
Para terminar, apenas a assinalar o fair play que os adeptos do Benfica tiveram mal o jogo terminou já que levantaram-se e aplaudiram a vitória do adversário.

Ficha do jogo

Benfica 1 – 2 V. Setúbal
Jogo referente à final da Taça de Portugal, realizado no Estádio Nacional.
Árbitro: Paulo Costa (Porto), auxiliado por Bertino Miranda e João Santos.

Benfica – Moreira; Miguel, Alcides, Ricardo Rocha e Fyssas (54’ Dos Santos); Petit, Manuel Fernandes; Simão (cap.), Geovanni e Nuno Assis (74’ Mantorras); Nuno Gomes (85’ Delibasic).
Suplentes não utilizados: Quim, André Luís, João Pereira e Bruno Aguiar.
Treinador: Giovanni Trapattoni.

V. Setúbal – Moretto; Éder, Auri, Hugo Alcântara e Nandinho; Sandro (cap.), Ricardo Chaves, Manuel José (78’ Binho) e Bruno Ribeiro; Jorginho e Meyong (88’ Igor).
Suplentes não utilizados: Marco Tábuas, Hélio, José Rui, Veríssimo e Pedro Oliveira.
Treinador: José Rachão.

MELHOR EM CAMPO:



MANUEL JOSÉ- Grande exibição do futuro jogador do Boavista. Para além de ter marcado o primeiro golo, foi sempre um jogador lutador quer a defender quer a atacar. Ajudou muito bem Éder na marcação a Simão Sabrosa e no ataque, foi sempre uma dor de cabeça para o grego Fyssas, a tal ponto que este teve de ser substituido. Aí está um bom valor do nosso futebol!

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa Tarde meu Primo! Antes de mais nada, quero dar-te os meus sinceros parabéns por este belo blog que aqui apresentas! É com enorme satisfação que venho pela primeira vez ao teu "espaço", pelas razões que tu sobejamente conheces. Devo dizer-te que encontrei uma página bastante interessante, que engloba variados desportos e variadíssimas análises. Em relação a essas mesmas análises, não fiquei nada espantado. Sou um conhecedor profundo do teu valor, e tinha a certeza que iria encontrar uma escrita desenvolta, moderna e conhecedora da matéria em questão. Para finalizar, queria deixar uma sugestão: Abre um espaço, onde o blog possa estar receptivo a novas crónicas, ou seja, opiniões pessoais, para que, posteriormente, te possam, inclusivé, ajudar a melhorar ainda mais! Por hoje é tudo... Resta dizer que não tenho a menor dúvida de que este blog passará a ser uma das minhas páginas diárias na net. MUITOS PARABÉNS! Um abraço, um grande abraço, aquele abraço...!!!O teu primo, Eduardo Marques