segunda-feira, março 06, 2006

Superliga: Koke cola Sporting aos dragões




SPORTING 2-0 GIL VICENTE
(Koke (2))



Para este encontro, os leões entravam em campo já sabendo de antemão que o Porto havia triunfado diante do Nacional da Madeira. Como tal, era fundamental vencer o encontro para, de mal o menos, manter a distância pontual com que ambos se encontravam à partida para esta 25ª jornadada.
Com a ausência de Liedson por castigo, o Sporting encontrou muitas dificuldades em dar continuade aos inumeros ataques que dispôs em todo o jogo. Apesar de atacar muito, apesar de Abel e Tello funcionarem, muitas vezes, como autênticos extremos, o que é certo é que o Sporting nunca conseguia criar situações reais de golo. Deivid e Douala foram, numa fase mais avançada do jogo substituidos por Paulo Bento, ilustrando assim a desinspiração que a dupla mostrou durante os minutos em que estiveram em campo.
O Gil Vicente mostrou sempre uma toada defensiva mas, apesar de defender com muitos homens e algo recuado no campo, aparentou sempre uma enorme tranquilidade dentro do campo. A nível ofensivo, Ulisses Morais pensou para este jogo explorar a rapidez de Nandinho e de Carlitos. Nandinho foi o azarado da noite já que, numa fase precoce do jogo, lesionou-se e teve de dar o seu lugar a Rodolfo Lima. Não obstante, a estratégia de Morais não resultou já que o Gil praticamente não incomodou Ricardo e, como tal, o jogo teria história até ao momento em que o Sporting abrisse o marcador.
Ao intervalo, registava-se um nulo que traduzia, de certa forma, o que se tinha passado em campo. Portanto, nada de mais!

Na segunda parte, o Sporting necessitava urgentemente de jogar mais rápido, alargar a sua frente de ataque e impôr definitivamente o seu futebol. O curioso da questão é que o jogo caíu ainda mais de qualidade e a produção das duas equipas, pasme-se, ainda conseguiu ser pior do que a revelada no primeiro tempo. Se, em relação ao Gil Vicente, foi de todo compreensível uma vez que importava ao Gil baixar o ritmo, quebrar o jogo, ganhar o máximo de tempo possível nas reposições de bola, já o Sporting mostrou uma arrepiante e inexplicável desinspiração que lhe podia ter custado muito caro.
Paulo Bento tentou mexer com o jogo e lançou, num primeiro momento, Romagnoli e, numa fase posterior, Koke. O que é certo é que saíu a sorte grande ao jovem técnico português. Três minutos depois de ter entrado, o espanhol, num bom lance individual, desfeiteava pela primeira vez Paulo Jorge e um qualquer guarda-redes da Superliga. O seu primeiro golo no campeonato significava um triunfo importantíssimo para os leões e um suspiro de alivio para os 27 mil espectadores que presenciavam ao vivo esta partida.
Até final, o Gil Vicente, como se esperava, nunca foi capaz de incomodar e de causar uma sensação real de incerteza no marcador. Por parte do Sporting, a exibição pouco feliz a nível global indiciava que não mais golos iriam haver neste encontro. No entanto, já em período de compensações, João Moutinho conseguiu isolar-se pelo lado esquerdo, fintou o guarda-redes gilista e rematou para a baliza onde apareceu Koke que se limitou a confirmar o golo que, caso este não tocasse na bola, seria certo.
Sem fazer muito por isso, o Sporting venceu, não sofreu golos, ganhou possivelmente mais um jogador e continua com aspirações na luta pelo título.

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