Passo de GIGANTE rumo ao Mundial 2006

PORTUGAL 2-0 ESLOVÁQUIA
(Fernando Meira e C.Ronaldo)




Portugal deu hoje um passo de gigante rumo ao Mundial 2006 a disputar na Alemanha.
Num Estádio da Luz repleto, numa onda de apoio à selecção a fazer lembrar o EURO 2004, a nossa selecção realizou uma das melhores exibições da "era Scolari".
Era um jogo repleto de expectativas, visto que se tratava de uma oportunidade flagrante para nos isolarmos no comando do grupo, e ainda com esse saudado regresso de Luís Figo.
Scolari fez alinhar uma equipa um pouco diferente daquela que tem vindo a actuar, desde logo com o sector defensivo a merecer especial destaque: desde a estreia absoluta de Alex (que bela exibição), passando pela dupla de centrais constituída por Jorge Andrade e Fernando Meira (que solidez!) e acabando na lateral esquerda, onde a escolha recaiu em Caneira (impecável). Do meio campo para a frente, e se exceptuarmos o facto de Petit ter alinhado no lugar do castigado Costinha, e desse regresso bastante saudado de Figo, foi o habitual. Maniche como patrão do meio campo, Deco a espalhar toda a sua classe e Cristiano Ronaldo com uma exibição simplesmente... FABULOSA! Na frente de ataque talvez tenha estado o homem que mais apagado esteve, falo obviamente de Pauleta que, à excepção de um ou dois lances, não foi aquele ponta-de-lança tão eficaz que nos habituou.



Apesar de todas estas alterações, reitero que foi um dos melhores jogos da "era Scolari". Portugal controlou as operações do princípio ao fim, tendo, durante os noventa minutos, e por diversas ocasiões, tido situações de pura classe, de jogadores com um recorte técnico bastante acima da média e, acima de tudo, demonstrado ter uma grande selecção que merece estar presente na fase final do Campeonato do Mundo.
A selecção da Eslováquia nunca consegui impôr o seu futebol, muito por culpa da dupla Petit-Maniche que cortava sempre qualquer tentativa de jogada planeada dos eslovacos, lançando de imediato ataques rápidos que quase sempre levavam perigo à baliza defendida por Contofalsky.
Foi este o ideal ao longo dos noventa minutos, onde, para além dos golos que marcou aos 18 minutos por intermédio de Fernando Meira e aos 41 por Cristiano Ronaldo, Portugal poderia ter dilatado ainda mais a vantagem, coisa que não aconteceu simplesmente por mera infelicidade.
E agora, para arrumarmos de vez com as contas do apuramento, basta ganhar na quarta-feira em Tallin, frente à Estónia, num jogo que não será certamente fácil, vistos que os visitados têm 11 pontos e precisam necessariamente de uma vitória para poderem continuar a sonhar pelo menos com o play-off de acesso à fase final.